No final da reunião, o presidente cessante da Assembleia Intermunicipal da AMRAM, Emanuel Câmara, que presidiu aos trabalhos e foi novamente eleito para o cargo, indicou que as listas para os três órgãos sociais foram todas aprovadas por unanimidade.
Aos jornalistas, o também presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz informou que a direção da AMRAM será presidida por Pedro Calado e terá como vogais os presidentes das autarquias do Porto Santo, Nuno Batista (PSD/CDS-PP), da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento (movimento Ribeira Brava em Primeiro), de Santana, Dinarte Fernandes (CDS-PP), e de Machico, Ricardo Franco (PS).
Já o novo conselho fiscal é presidido novamente por José António Garcês, presidente da Câmara Municipal de São Vicente (PSD/CDS-PP), tendo na vice-presidência Célia Pessegueiro, presidente da Câmara da Ponta do Sol (PS), e como vogal Filipe Sousa, chefe do executivo do município de Santa Cruz (JPP).
A Assembleia Intermunicipal da AMRAM é composta pelo presidente reeleito, Emanuel Câmara, e pelos presidentes das autarquias de Câmara de Lobos, Pedro Coelho (PSD), e da Calheta, Carlos Teles (PSD/CDS-PP).
O novo presidente da AMRAM, Pedro Calado, saiu das instalações da associação após a reunião sem querer prestar declarações aos jornalistas.
Emanuel Câmara frisou que as eleições "correram com a maior cordialidade possível", destacando que os 11 autarcas agiram "com sentido de responsabilidade, sem qualquer diferendo".
"É com muita satisfação que registei a elevação desta reunião e a unanimidade que foi criada logo na apresentação das listas para os diferentes órgãos e com a pluralidade que era no mínimo exigida por todos nós", realçou.
Questionado sobre as críticas feitas pelo presidente da Câmara de Santa Cruz, Filipe Sousa, que ameaçou sair da AMRAM, Emanuel Câmara disse não querer "comentar essas afirmações".
Mas ressalvou: "Às vezes há afirmações que saem e que no fundo não é bem isso que a gente pretende. Porque eu penso que isso hoje ficou bem definido, com a presença dos 11 presidentes de câmara nesta reunião magna".
Por outro lado, sobre a ação feita pela AMRAM em tribunal contra o Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), presidido por Miguel Albuquerque, visando também o Ministério das Finanças, Emanuel Câmara referiu que essa é uma questão que ficará para a próxima reunião e que diz respeito à direção da associação, agora presidida por Pedro Calado.
A queixa é, segundo a antiga direção da AMRAM, presidida por Ricardo Nascimento, relativa a verbas de IVA que os municípios da Madeira não recebem, ao contrário do que acontece com os municípios do continente e do que prevê a lei.
O presidente da Assembleia Intermunicipal da AMRAM disse ainda que foram debatidos, na sessão de hoje, problemas "que já vêm do passado", não querendo detalhá-los.
Referiu apenas situações que "mexem com outros poderes, nomeadamente o legislativo", problemas relacionados com a transferência de competências, que têm de ser acompanhadas pelo respetivo envelope financeiro, e mencionou o tema da causa animal, sem adiantar mais pormenores.
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