"Eu vim aqui ao congresso da coesão territorial e vim falar de coesão territorial, ponto, foi isso que eu vim fazer", disse.
Rui Rio, que falava aos jornalistas após a sua intervenção em Portalegre no 3.º Congresso da Coesão Territorial e que implicava um período de perguntas e respostas sem a presença de jornalistas na sala, explicou que respondeu a duas questões sobre a sua candidatura por tratar-se de uma pessoa "bem-educada".
"Eu sou uma pessoa bem-educada, se me estavam a perguntar respondia, mas gostava que me perguntassem sobre coesão territorial, que era esse o meu objetivo porque, se não, eu não vinha aqui na qualidade de presidente do partido, vinha na qualidade de candidato e não vim na qualidade de candidato e, por isso, só respondi mesmo por ser educado", explicou.
Inicialmente, o programa enviado pela JSD aos jornalistas sobre a iniciativa referia que Rui Rio participaria na sessão como candidato à liderança do partido, mas, aos jornalistas, Rui Rio explicou que essa questão foi "clarificada" e alterada nos últimos dias.
Interrogado se considerava "pertinente" falar com os jovens sobre a sua candidatura à liderança do partido, Rui Rio apontou a data das eleições legislativas e as questões relacionadas com as assimetrias regionais.
"É pertinente tudo aquilo que eu pretendo fazer nas eleições de 30 de janeiro se as ganhar e isso eu estive ali a explicar, numa matéria mais concreta que são as assimetrias regionais, mas depois também houve mais uma ou outra pergunta", disse.
No entanto, reconheceu que o partido tem feito uma campanha "forte" para que os militantes votem no dia 27 de novembro.
Questionado ainda pelos jornalistas se "não se sente sozinho" em campanha para as eleições legislativas de 30 de janeiro, quando António Costa "não tem aparecido", nessa corrida eleitoral, Rui Rio referiu que está a "preparar" propostas do partido para o ato eleitoral.
"O doutor António Costa faz aquilo que entende que deve fazer, eu faço aquilo que entendo que devo fazer, aquilo que eu entendo que devo fazer é preparar as propostas do PSD para as eleições de 30 de janeiro", defendeu.
O presidente do PSD e recandidato ao cargo defendeu hoje em conferência de imprensa, depois da reunião do Conselho Estratégico Nacional do partido em Coimbra, que o primeiro objetivo de um governo social-democrata terá de ser "conseguir melhores salários" para todos os portugueses, tendo em Portalegre clarificado mais pormenores sobre essa matéria.
"Eu não disse que ia subir ordenados porque, como se sabe, não é o Governo que faz um decreto de lei e marca os salários das pessoas, aquilo que eu disse é que o objetivo central do próximo Governo, se for meu é este, se for outro o PS lá dirá o que tem a dizer", disse.
"Agora o objetivo central de um Governo que eu venha a chefiar tem de ser mais e melhor emprego", acrescentou.
Rui Rio defendeu ainda uma economia "mais robusta", tendo lançado algumas críticas ao PS, ao alertar que os salários estão "estagnados" em Portugal, com exceção nesta matéria para o salário mínimo.
"O que vale, efetivamente, é ter uma economia mais robusta, que pagando melhores salários arrasta para um salário mínimo mais alto, mas uma classe média forte. O que tem acontecido em Portugal, designadamente nestes anos de governação do PS, na "troika" também, mas era uma situação absolutamente excecional, agora o PS teve oportunidade de fazer diferente não fez e nós temos os salários em Portugal estagnados", afirmou.
Leia Também: Rio defende redução da despesa pública alertando para valores atingidos