Até às 18 horas desta sexta-feira, estavam identificados em Portugal um total de 34 casos associados à variante Ómicron, revela o relatório de monitorização das Linhas Vermelhas divulgado esta sexta-feira. "Estes casos incluem os casos sequenciados para a variante Ómicron e os casos nos quais foram identificadas mutações específicas, fortemente preditores da variante Ómicron", esclarece o documento.
Em Portugal, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/Covid-19, por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 386 casos, "com tendência fortemente crescente a nível nacional", indica também o relatório.
No grupo etário com idade superior ou igual a 65 anos, destaca o relatório da Direção-Geral de Saúde e do Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA), o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/Covid-19, por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 253 casos, também "com tendência fortemente crescente a nível nacional".
No que diz respeito ao indicador da transmissibilidade, o chamado r(t), este apresenta valor igual ou superiora 1, indicando igualmente "uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,13) e em todas as regiões.
"A manter esta taxa de crescimento, a nível nacional, estima-se que o limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes possa ser ultrapassado em menos de 15 dias", prevê o relatório.
No que concerne à pressão hospitalar, o número de infetados internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma "tendência fortemente crescente", correspondendo a 50% (na semana anterior foi de 40%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
A mortalidade específica por Covid-19 (17,0 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes) apresenta uma "tendência crescente", uma taxa que revela um impacto moderado da pandemia na mortalidade.
Em suma, o relatório de monitorização das Linhas Vermelhas conclui que a análise dos diferentes indicadores revela "uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade elevada, com tendência fortemente crescente a nível nacional" e que "a pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são moderados, mas com tendência crescente".
Sobre a nova variante de preocupação - a Ómicron, que contabiliza já 34 infetados, - a DGS e o INSA sublinham que o surgimento desta "suporta a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica, virológica e do controlo de fronteiras em Portugal, até serem conhecidas mais informações".
Portugal registou nas últimas 24 horas mais 2.535 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e 21 mortes atribuídas à Covid-19, registando-se uma ligeira redução dos internamentos, segundo o boletim epidemiológico da DGS. Não se registavam tantos óbitos por Covid-19 em Portugal desde 18 de março desde ano, dia em que também se verificaram 21 mortes.
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