"Até agora não existe nenhum sinal de alterar essa decisão. O que entendemos é que o regresso às aulas no dia 10 tem critérios de saúde pública, mas também e, sobretudo, tem critérios de saúde física e mental e tudo isso é determinante para que as crianças voltem o mais depressa possível ao seu meio natural que é a escola", afirmou, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.
O titular da pasta da Saúde nos Açores anunciou em 22 de dezembro que o regresso às aulas, após a interrupção para férias de Natal, seria adiado para 10 de janeiro, devido à evolução da pandemia de covid-19, à semelhança do que tinha decidido também o Governo da República para os alunos do continente português.
"As escolas, creches, jardins de infância, ATL [ateliês de tempos livres], centros de desenvolvimento de inclusão juvenil e centros de atividades ocupacionais, da rede pública e privada, passam a ter o reinício do seu ano letivo em 10 de janeiro", adiantou, na altura.
O executivo açoriano tinha decidido antes não alterar o calendário do ano letivo na região.
"A pandemia funciona ao dia e temos de fazer um acompanhamento permanente no local e no tempo e, nessa medida, entendendo a evolução recente da pandemia e a avaliação que é feita, foi determinado que o reinício do ano letivo é em 10 de janeiro", justificou Clélio Meneses, no dia 22 de dezembro.
No arranque do segundo período está prevista uma operação de testagem massiva, com testes de saliva, aos alunos do 1.º e 2.º ciclos de ensino das escolas das ilhas Terceira e São Miguel.
Os Açores são a única região do país que ainda não iniciou a vacinação contra a covid-19 de crianças entre os 5 e os 11 anos, mas o executivo açoriano já anunciou que estaria disponível a partir de meados deste mês.
A região tem atualmente 2.122 casos ativos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, sendo 1.469 em São Miguel, 433 na Terceira, 132 no Faial, 38 no Pico, 26 em Santa Maria, 11 na Graciosa, sete em São Jorge e seis nas Flores.
Estão internados 17 doentes com covid-19 no arquipélago, 14 no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, (três em unidade de cuidados intensivos) e três no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira.
Segundo a Autoridade de Saúde Regional, até 22 de dezembro, 198.828 pessoas nos Açores tinham vacinação completa contra a covid-19 (84%) e 34.528 tinham recebido a dose de reforço.
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