O cavaleiro João Moura foi, esta quarta-feira, acusado pelo Ministério Público (MP) de Portalegre de 18 crimes de maus-tratos a animais, um dos quais agravado.
"O Ministério Público junto do Tribunal de Portalegre requereu o julgamento de um indivíduo, fortemente indiciado da prática de 17 (dezassete) crimes de maus tratos a animais de companhia e um 1 (um) crime de maus tratos a animais de companhia agravado, fatos ocorridos entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, em Monforte, área desta comarca", pode ler-se no comunicado emitido pelo MP.
Recorde-se que o caso remonta a fevereiro de 2020, quando, cumprindo um mandato de busca na propriedade do cavaleiro, incentivado por uma denúncia anónima, a GNR de Portalegre se deparou com alguns cães com "sinais de subnutrição", indiciando a prática do crime de maus-tratos. Um dos animais acabou mesmo por morrer, apesar dos cuidados veterinários prestados.
Na altura, João Moura foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência, sendo interrogado, no âmbito do inquérito, por um procurador do MP no Tribunal de Portalegre. Ainda que o cavaleiro tenha negado as acusações, terá sido possível apurar que esta não era a primeira vez que era alvo de investigação por maus-tratos aos seus cães.
Agora, caso seja condenado, João Moura está sujeito a uma pena de prisão de dois anos e quatro meses.
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