"Já não nos revemos naquilo que são as orientações do Ensino Politécnico e entendemos que fazemos um conjunto de atividades (...) que estão previstas ao nível do Ensino Superior Universitário. Cumprimos todos os requisitos para [ser uma Universidade]", disse Paulo Pereira.
Em dia de aniversário, o presidente do IPP revelou à Lusa que a proposta já está pronta, foi na segunda-feira aprovada, por unanimidade, pelo Conselho Geral do Politécnico e deverá chegar ao gabinete do ministro Fernando Alexandre "até ao final da semana".
"Será uma mais-valia para a região e para o país, porque ao nível da Área Metropolitana do Porto (AMP) temos pouca oferta de Ensino Universitário em relação ao número de alunos que frequentam hoje o Ensino Superior. Só cerca de 40% dos alunos que frequentam o Ensino Superior têm acesso ao Ensino Superior Universitário público", analisou o presidente do IPP.
O IPP será o primeiro politécnico do país a pedir a passagem, na sequência da lei que veio permitir a outorga do grau de doutor por aquele subsistema de ensino e a criação de universidades politécnicas.
Paulo Pereira defende que é preciso aumentar a oferta, mas "sem perder a matriz formativa, nomeadamente a aposta na formação para a empregabilidade e para o mercado de trabalho".
"Defendemos uma Universidade flexível que comungue dos aspetos positivos do Ensino Politécnico e do Ensino Universitário", resumiu.
Confiante que a tutela vai aprovar esta proposta, Paulo Pereira sublinhou que o IPP cumpre os requisitos mínimos exigidos no regime jurídico das instituições do Ensino Superior (RJIES) atual, nomeadamente no número doutoramentos.
"São necessários três doutoramentos. Já temos quatro e está em perspetiva e acreditamos que teremos a muito curto prazo aproximadamente 10", disse o presidente de uma instituição frequentada, em licenciaturas, mestrados e doutoramentos, por cerca de 22 mil estudantes.
"A nível nacional, somos a quinta instituição em número de estudantes. Temos vários centros de investigação, temos um conjunto de requisitos que é superior à média das instituições universitárias", acrescentou.
Antes de ser aprovada em Conselho Geral, a ideia foi alvo de auscultação interno e externo, num processo iniciado em outubro.
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