Profissionais de saúde de cuidados diretos são contactos de alto risco

Os profissionais que prestam cuidados de saúde diretos e de maior risco de contágio com casos confirmados de infeção por SARS-CoV-2 passam a ser considerados contactos de alto risco, segundo uma norma hoje atualizada.

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© JOSEP LAGO/AFP via Getty Images

Lusa
24/01/2022 17:41 ‧ 24/01/2022 por Lusa

País

Covid-19

De acordo com a norma da Direção-Geral da Saúde (DGS), estes profissionais de saúde só não são considerados contactos de alto risco se tiverem a dose de reforço da vacina há pelo menos 14 dias ou tiverem história de infeção por SARS-CoV-2 nos 180 dias antes do contacto com o caso confirmado, sendo nesse caso considerados contacto de baixo risco.

Segundo a norma, estes profissionais de saúde juntam-se, enquanto contactos de alto risco, aos coabitantes com um caso confirmado e a todos os que tenham tido um contacto com nível de exposição elevado e ao mesmo tempo residam, frequentem ou trabalhem em instituições de apoio ou acolhimento a populações mais vulneráveis.

São consideradas instituição de apoio ou acolhimento a populações mais vulneráveis as Estruturas Residenciais para Idosos (lares) e outras respostas similares dedicadas a pessoas idosas, as comunidades terapêuticas e comunidades de inserção social, bem como os centros de acolhimento temporário e centros de alojamento de emergência e unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

A norma define igualmente que a identificação de contactos de alto risco para os coabitantes é realizada preferencialmente pelo caso confirmado através do Formulário de Casos e Contactos, "preenchido e submetido pelo caso confirmado e integrado na plataforma Trace COVID-19".

Para os que residam, frequentem ou trabalhem em instituições de apoio a populações mais vulneráveis ou para os profissionais que prestem cuidados diretos de saúde, a identificação enquanto contacto de alto risco é feita pela autoridade de saúde territorialmente competente.

A norma define ainda que os contactos de alto risco ficam em auto vigilância durante 14 dias após a data da última exposição (incluindo o período de isolamento profilático) e devem evitar todos os contactos possíveis durante o isolamento, incluindo dentro da mesma habitação, utilizar máscara cirúrgica em espaços interiores e exteriores, cumprir as medidas de proteção definidas pela DGS (distância física e higiene das mãos), autovigiar diariamente sinais e sintomas compatíveis com covid-19, bem como medir e registar uma vez por dia a temperatura corporal.

Se surgirem sinais ou sintomas compatíveis com covid-19, devem contactar o SNS24, podendo ser realizado teste rápido antigénio de uso profissional antes do contacto com o SNS24.

O fim do isolamento profilático dos contactos de alto risco é estabelecido com um resultado negativo num teste laboratorial para SARS-CoV-2 realizado ao 7.º dia desde a data da última exposição ao caso confirmado, entre o 8ºe o 13º dia, mediante resultado negativo num teste laboratorial, ou ao 14º dia após a data da última exposição ao caso confirmado, caso não seja realizado o teste laboratorial.

Leia Também: Incidência aumenta para 5.322,6 infeções e Rt volta a subir

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