"Podemos estar a assistir ao princípio do fim" da pandemia, diz médico

Luís Rocha, neurologista, comentou a uma redução do número de óbitos diários que se registou no passado mês de janeiro.

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© Jorge Mantilla/NurPhoto via Getty Images

Beatriz Maio
02/02/2022 09:50 ‧ 02/02/2022 por Beatriz Maio

País

Covid-19

O neurologista e dirigente da Fundação Portuguesa do Pulmão, Luís Rocha, explicou que a diminuição registada no número de mortes por Covid-19 em janeiro deve-se a vários fatores e poderá simbolizar uma mudança no país.

"Se olharmos para os valores pré pandemia - 2017, 2018 e 2019 - temos um registo do número de óbitos já inferior a esse período". Estes dados, segundo o médico, justificam-se com  "a qualidade dos registos", as restrições impostas - como o facto de se estar em casa em teletrabalho e, consequentemente, menos circulação de pessoas -, a utilização da máscara e o efeito da vacinação.

"Podemos estar a assistir ao princípio do fim", salientou Luís Rocha na edição da manhã da SIC Notícias, relembrando que os isolados com coronavírus interromperam o isolamento para ir votar. Contudo, esclarece que seria necessário “ter conhecimento de alguns dados que a Direção-Geral da Saúde não nos transmite”, como a taxa de letalidade, relativamente aos vacinados e não vacinados, e o que se passa nos internamentos, de forma a ser possível ter noção do impacto da doença.

Reforçou ainda que existem doentes infetados com Covid-19, mas que o seu internamento e, em certos casos morte, se deve a outras patologias. “Os sistemas de identificação de certificado de óbito conseguem identificar muito bem tudo isto”, esclareceu, reiterando que é possível identificar qual a causa principal da morte sem que seja de imediato o vírus SARS-CoV-2.

Leia Também: Covid-19: Falta de confiança política e social alimentou pandemia

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