Conselho de Cidadãos de Lisboa registou "mais de 900 pessoas"

A iniciativa de participação cívica Conselho de Cidadãos de Lisboa registou "mais de 900 pessoas" inscritas em dois dias de funcionamento, revelou hoje o presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas (PSD), destacando o envolvimento da sociedade nas decisões políticas.

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Lusa
04/02/2022 18:34 ‧ 04/02/2022 por Lusa

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Lisboa

a primeira experiência que fazemos em Portugal, há poucas experiências na Europa, de ter um conselho com cidadãos da cidade, que vão trabalhar não só com ideias, mas trabalhar nas políticas públicas para Lisboa", afirmou o autarca do PSD, à margem do lançamento da primeira pedra do futuro quartel de comando e formação do Regimento de Sapadores Bombeiros em Chelas, na freguesia lisboeta de Marvila.

Lançado em 27 de janeiro, coincidindo com o Dia Nacional da Participação, o Conselho de Cidadãos de Lisboa foi um dos compromissos do programa eleitoral da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) nas autárquicas de setembro de 2021, proposto inicialmente com a designação de Assembleia de Cidadãos, e voltou hoje a ser falado por Carlos Moedas após ser questionado sobre o "novo ciclo" ambicionado pelo PSD nas recentes eleições legislativas, em que o PS ganhou com maioria absoluta.

"Aquilo que sempre disse e reitero é que a política tem de mudar, a maneira de fazer política, a proximidade com as pessoas e, sobretudo, tratar a política de uma maneira diferente. Nós estamos num mundo que é um mundo hoje que implica que as pessoas querem participar na vida política e um presidente da câmara ou um primeiro-ministro ou um governante tem de fazer política dessa maneira, incluindo as pessoas nas decisões, por isso lançámos o Conselho de Cidadãos", declarou o presidente da Câmara de Lisboa.

Lembrando que a ideia foi "muitas vezes falada e às vezes incompreendida", Carlos Moedas revelou que "em dois dias mais de 900 pessoas se inscreveram neste Conselho de Cidadãos, que querem participar", referindo que a escolha entre os inscritos, que tem de ser aleatória para representar a cidade no seu todo, "é uma maneira de fazer política, são novos tempos para a política".

"O que muda na política é que este novo ciclo de fazer política tem de contar com as pessoas de uma maneira diferente e isso é no poder local, mas será também no poder nacional e será também no poder a nível europeu. E esse ciclo eu tenho a certeza que ele mudou. Agora, cada protagonista fará de maneira diferente, trabalhará de maneira diferente, mas nós, na Câmara Municipal de Lisboa, vamos ser o exemplo dessa participação diária das pessoas, naquilo que é fazer a cidade", expôs o social-democrata.

Entre as áreas em que se destaca a participação dos cidadãos está a habitação, tendo o presidente da Câmara de Lisboa e a vereadora da Habitação, Filipa Roseta (PSD), antes do lançamento da obra do quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros, andado pelas ruas da freguesia de Marvila e ouviram a preocupação das pessoas relativamente às casas camarárias que estão vazias e que "vão ter de ser atribuídas".

Carlos Moedas assegurou que o envolvimento das pessoas nas decisões políticas para a cidade "mudou de certeza", ressalvando que "isso não tem partido, não é uma questão de partido, é uma questão de mudança da maneira de fazer política".

"Há uns que vão saber fazer política de uma maneira, outros farão de outra, eu farei realmente essa política a que chamei 'Novos Tempos', que é essa política de incluir as pessoas nas decisões e vou continuar a fazer no dia a dia", frisou.

Promovida pela Câmara de Lisboa, a iniciativa Conselho de Cidadãos visa envolver as pessoas, com idade igual ou superior a 16 anos, na tomada de decisão de uma maneira não partidária, podendo para tal inscreverem-se para participar num dia de debate e de construção de propostas para a cidade sobre um tema específico, em que serão selecionadas 50, através de sorteio, segundo informação disponível aqui.

Leia Também: Conclusão do novo quartel dos Sapadores Bombeiros em Chelas prevista 2025

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