"Os trabalhadores com local de trabalho no Porto e Guimarães em reunião online no passado dia 24 de janeiro, analisaram a suposta resposta da Armatis às suas reivindicações e concluíram que a decisão da administração em eliminar na totalidade o subsídio de línguas e parcialmente o valor do prémio de absentismo para integrar estas componentes variáveis no salário fixo, configura uma 'manobra enganadora', tendo em conta que não acrescenta um cêntimo na remuneração global", lê-se num comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (SINTTAV).
Na mesma comunicação, o sindicato assinala que os trabalhadores não se conformam "com a continuada recusa de efetivo aumento salarial que se verifica há cerca de quatro anos, "com igual tratamento em relação ao subsídio de refeição que mantém um irrisório valor".
Aquela organização sindical afirma ainda que a "Gestão" não está a cumprir compromissos que assumiram com os trabalhadores, nomeadamente, a atualização salarial em conformidade com o acréscimo do Salário Mínimo Nacional (SMN), assim como a garantia de uma diferença de cinquenta euros entre os três níveis que foram criados na categoria de 'Conselheiro de Clientela', "incumprimento que tem ao longo dos anos configurado numa estagnação salarial".
Em face desta situação, o SINTTAV endereçou um Aviso Prévio de Greve ao Ministério do Trabalho e simultaneamente à empresa Armatis Portugal, comunicando o dia 14 de fevereiro como dia de greve.
"Os trabalhadores decidiram o início de uma luta reivindicativa com a consciência que os resultados poderão não ser automáticos, mas, preparados para a persistência e resistência necessária em defesa dos seus objetivos", lê-se no comunicado.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, o aumento salarial de 50 euros com efeitos a 01 janeiro deste ano; a atualização do subsídio de refeição para seis euros com efeitos a partir do início do ano; a garantia de revisão anual dos salários com base no valor aprovado para aumento do smn; e a reposição do compromisso da Armatis em manter uma diferença retributiva de 50 euros entre escalões.
Os trabalhadores reclamam ainda a abertura para negociação de um acordo de empresa, melhores condições de trabalho assente no cumprimento da legislação e no respeito pela relação e conciliação entre a atividade profissional e a vida pessoal e familiar.
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