Henrique Oliveira, matemático do Instituto Superior Técnico, marcou presença na quarta-feira no CNN Prime Time para debater com o virologista Pedro Simas e o pneumologista Filipe Froes sobre a atualidade e futuro da pandemia no nosso país.
O matemático afirmou haver uma “saturação dos casos”, o que se divide entre os vacinados com a 3.ª dose – “vacinação que dá imunidade” –, a taxa das pessoas que já apanharam a doença e as vítimas mortais que provocou. Nas palavras de Henrique Oliveira, “já não temos árvores na floresta para arder mais”.
Explicou que não arrisca falar em “imunidade de grupo”, sendo que é um vírus que tem muitas mutações e “a imunidade nunca é total”, acrescentando que “acaba por haver sempre bolsas em que o vírus continua residente – a tal questão da endemia – e quando chega a fase sazonal, zona do outono, início do inverno, o vírus tem campo para se voltar a espalhar e portanto nunca atingimos aquela imunidade de grupo que elimina a doença”.
Henrique Oliveira acredita que nunca iremos atingir a imunidade de grupo, porque “o vírus vai continuar a manter-se residente”. Esclareceu que os três especialistas argumentam que a Covid-19 “precisa do ser humano, não consegue sobreviver cá fora. Portanto vai haver sempre um número de infeções que vai sustentar a existência deste vírus”, concluindo que “a pandemia vai desaparecer em termos formais”.
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