Ucrânia. Mais de 180 turistas russos retidos na Madeira saíram da região

Mais de 180 turistas russos retidos na Madeira devido à invasão da Ucrânia já foram repatriados num voo da Corendon Airlines, que saiu hoje da região cerca das 12:30, disse à Lusa fonte da agência de viagens Euromar.

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Lusa
04/03/2022 13:52 ‧ 04/03/2022 por Lusa

País

Ucrânia/Rússia

De acordo com a mesma fonte, 188 cidadãos partiram no voo da operadora Corendon Airlines, com destino a Antália, na Turquia, sendo que depois será feita a ligação a Moscovo.

Os restantes turistas russos que ainda estão na região devem ser repatriados até segunda-feira, reafirmou hoje o Governo Regional, com base nas informações prestadas pelo operador.

O presidente do executivo insular, Miguel Albuquerque (PSD), já tinha afirmado na terça-feira que a operação de repatriamento dos 223 turistas russos na região estava prevista ocorrer até segunda-feira.

"Estamos em contacto com o operador e, neste momento, a situação está perfeitamente controlada. Essa é a informação que nos deram", disse na ocasião, sublinhando que aqueles cidadãos "não têm culpa nenhuma do que se está a passar".

De acordo com a agência russa TASS, o operador turístico Tui indicou na quarta-feira que vai organizar voos da Madeira e Sófia para repatriar turistas russos que ficaram retidos na Europa com a suspensão de ligações aéreas devido à invasão da Ucrânia.

Os voos especiais serão a partir da capital da Bulgária, em 04 de março, e a partir da Madeira, em 07 de março, disseram as agências federais de transporte aéreo e de turismo russas, citadas pela TASS.

A operação turística entre a Madeira e a Rússia, agora interrompida, envolvia um voo semanal direto de Moscovo, o mesmo acontecendo com a Ucrânia, com ligação direta a Kiev, sendo que ambas deviam manter-se até outubro.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Portugal recebeu 1158 pedidos de proteção desde início do conflito

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