Marcelo transmite solidariedade à Roménia no apoio aos refugiados

O Presidente da República transmitiu hoje ao Presidente da Roménia solidariedade no apoio aos refugiados ucranianos e no "reforço das capacidades de defesa", sustentando que a unidade europeia é "essencial para manter a Rússia à mesa das negociações".

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Lusa
14/03/2022 14:29 ‧ 14/03/2022 por Lusa

País

Ucrânia

 

"No quadro dos contactos em curso, o Presidente da República falou ao início da tarde, ao telefone, com o Presidente da República da Roménia, Klaus Iohannis", refere uma nota divulgada no sítio oficial da Presidência na internet.

Marcelo Rebelo de Sousa "abordou com o seu congénere romeno a situação da guerra na Ucrânia, na sequência da invasão russa, exprimindo a solidariedade portuguesa, quer no apoio aos refugiados, quer no reforço das capacidades de defesa, no quadro da Nato", adianta a nota, que indica que "Portugal terá na Roménia uma presença militar nas próximas semanas, ao abrigo da 'Tailored Forward Presence' da Aliança Atlântica".

"Tal como já tinha sublinhado com o seu colega polaco na semana passada, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a solidariedade e unidade dos Estados membros da UE neste momento difícil é essencial para manter a Rússia à mesa das negociações, tendo em vista assegurar um rápido cessar-fogo e contribuir para reconstruir a paz, no espírito comum europeu, demonstrando o papel e a razão de ser da União Europeia", salienta ainda a nota hoje divulgada.

Na semana passada, o ministro da Defesa afirmou que os 174 militares portugueses que serão enviados para a Roménia, país fronteiriço com a Ucrânia, deverão partir em "final de março, início de abril", adiantando que estarão na região sul deste país.

Portugal vai contribuir com entre oito e 10 milhões de euros para o pacote europeu que visa fornecer armas ao exército ucraniano, que combate a invasão russa. Será também enviado equipamento militar para a Ucrânia a pedido das autoridades de Kiev.

No âmbito da missão da NATO "Tailored Forward Presence", Portugal vai enviar de 174 militares para a Roménia. Esta missão da NATO visa contribuir "para a dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste", de acordo com o "site" do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

O plano das Forças Nacionais Destacadas para 2022 previa o envio deste contingente no segundo semestre, tal como aconteceu em 2021. Contudo, o Governo decidiu antecipar este calendário e os militares portugueses deverão chegar à Roménia nas próximas semanas.

O Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República, reúne-se hoje às 15:00 no Palácio da Cidadela, em Cascais (distrito de Lisboa), e tem como único ponto da ordem de trabalhos a "situação na Ucrânia".

A reunião, convocada por Marcelo Rebelo de Sousa em 07 de março, irá decorrer no 19.º dia de guerra na Ucrânia.

Mais de 4,8 milhões de ucranianos fugiram das suas casas desde que a Rússia invadiu o país, a 24 de fevereiro, tendo 2,8 milhões deixado o país, avançou hoje o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR).

Dos quase três milhões de refugiados ucranianos, 60% (1,7 milhões) foram para a Polónia, 255.000 chegaram à Hungria, 204.000 à Eslováquia, 131.000 à Rússia, 106.000 à Moldova, 84.000 à Roménia e 1.200 à Bielorrússia, de acordo com a informação atualizada diariamente pelo ACNUR.

Mesmo países europeus sem fronteiras com a Ucrânia já abrigam muitos refugiados em fuga da guerra, cerca de 304 mil pessoas.

Leia Também: Bruxelas teme consequências de novas medidas de confinamento na China

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