Chega propõe voto de pesar na AR por mortes de civis em Bucha
O Chega entregou hoje na Assembleia da República um projeto de voto de pesar pelas mortes de civis na cidade ucraniana de Bucha, na região de Kiev, em que se transmite "sentidas condolências" ao povo ucraniano.
© Getty Imagens
Política Ucrânia/Rússia
"A dimensão de tal fatalidade não pode deixar-nos esquecer que se trata de crimes de guerra, punidos pela lei internacional, e que a comunidade internacional deverá procurar ativamente os responsáveis pelos factos e levá-los perante a Justiça", lê-se no texto.
O Chega sustenta que as "imagens que foram divulgadas" da cidade ucraniana de Bucha -- que mostram "dezenas de cadáveres, encontrados nas ruas ou enterrados em valas comuns" -- "são prova inequívoca de tortura e de execuções sumárias de civis inocentes".
Aquele partido considera que não se deve "esquecer a dor que sufoca" o povo ucraniano, "nesta hora em que sofre, luta e morre pela sua Pátria".
PSD, Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal também já apresentaram votos de condenação sobre as atrocidades cometidas na cidade ucraniana de Bucha.
O PS anunciou também na segunda-feira que vai apresentar no parlamento um voto de apoio à iniciativa das Nações Unidas no sentido de se exigir uma investigação independente às atrocidades cometidas em territórios ucranianos controlado por forças militares russas.
A organização dos direitos humanos Human Rights Watch denunciou, no domingo, que nas zonas da Ucrânia sob controlo russo foram feitas "execuções sumárias", entre outros "abusos graves" que podem configurar crimes de guerra.
Na cidade de Busha, a noroeste da capital ucraniana, cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns, de acordo com as autoridades ucranianas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.417 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.038, entre os quais 171 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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