O presidente da Ucrânia discursou, na quinta-feira, por videoconferência, para os deputados e convidados que se encontravam na Assembleia da República.
No fim da intervenção, Volodymyr Zelensky foi aplaudido por todos os que se encontravam presentes - todos, à exceção de António Costa, Ana Catarina Mendes, Helena Carreiras e Francisco André.
Esta prática de não se manifestar não será, no entanto, exclusiva do Governo - também o presidente da Assembleia da República não se costuma manifestar nas mesmas ocasiões. Porém, ao contrário dos quatros membros que representaram ontem o Governo, Augusto Santos Silva aplaudiu durante alguns minutos o presidente da Ucrânia.
De acordo com uma fonte do Governo com quem o Observador falou, "não há razão para criar um caso" à volta desta situação, pois os elementos do Executivo terão seguido a "prática parlamentar de nunca se manifestar", algo que acontece também durante os debates em que está presente ou em datas comemorativas, como o 25 de Abril.
Tal como podemos verificar nas gravações do momento, também quem se encontram nas galerias reagiu ao discurso de Zelensky, algo que não podem fazer quando assistem a intervenções. E, quando acontece, os presentes são repreendidos pelo presidente da Assembleia ou a quem o substitua.
Para além de ter aplaudido, Augusto Santos Silva, que também discursou, não dirigiu uma palavra de repreensão aos presentes nas galerias - inferindo-se que o mesmo aconteceria aos membros do Governo presentes - o primeiro-ministro, António Costa, a ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Francisco André.
Para os 'estreantes' cumprir a tradição foi mais difícil: nas gravações é possível ver que Helena Carreiras começa por aplaudir Zelensky, parando de imediato quando António Costa olha na sua direção.
Fique com as imagens, no vídeo acima, captadas pelo Canal do Parlamento.
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