Padrão e frequência de sismicidade "sem grandes alterações" em São Jorge

A ilha de São Jorge, nos Açores, manteve, na última semana, "o mesmo padrão e frequência de sismicidade", tendo sido contabilizados "783 abalos, dois dos quais sentidos pela população", foi hoje revelado.

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Lusa
02/06/2022 15:36 ‧ 02/06/2022 por Lusa

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Açores

No 'briefing' para atualização da situação sismovulcânica, nas Velas, em São Jorge, o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) disse que "desde o dia 29 de maio tem havido uma frequência diária abaixo dos 120 sismos por dia" e "com pouca sismicidade sentida pela população".

Foram registados "783 sismos, dois dos quais sentidos pela população", desde o último 'breafing' que foi realizado em 26 de maio, acrescentou Rui Marques.

Segundo o presidente do CIVISA, "não há grandes alterações em relação ao padrão da sismicidade, nas últimas semanas, com alguns dias com maior frequência diária e dias com menor frequência".

Na última semana, o sismo "mais energético teve magnitude 2,1 na escala de Richter e foi sentido na madrugada de hoje", pelas 05:03 locais (06:03 em Lisboa), indicou ainda.

De acordo com o CIVISA, a região epicentral mantém-se e as ocorrências continuam a localizar-se entre os 7,5 e os 12 quilómetros de profundidade.

Rui Marques disse ainda que o CIVISA mantém "exatamente igual" o programa de monitorizações sísmica, da deformação crustal e da geoquímica que foi projetado para a ilha de São Jorge.

"Mas, o número de efetivos do CIVISA vai oscilando, ao longo da semana, de acordo com as necessidades, quer de manutenção das redes, quer da execução dos programas de monitorização", afirmou.

O presidente do CIVISA adiantou ainda que a ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".

"Hoje haverá novamente uma reunião do gabinete de crise como habitualmente para reavaliar o nível, de acordo com a monitorização e os resultados dos últimos dias", referiu.

No 'briefing', o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) adiantou que, com o passar dos meses, foram feitos "alguns reajustes" nos meios, mas as capacidades de operacionais mantêm-se no terreno e "em prontidão" no caso de ser necessário um reforço face a um eventual evento.

Permanecem na ilha "cerca de 40 operacionais" no terreno, indicou Eduardo Faria.

Desde o início da crise sismovulcânica em São Jorge, que se iniciou em 19 de março, o sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.

De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

Leia Também: Abalo de 2,1 na escala de Richter sentido em São Jorge

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