Chama-se Luís Fundo, tem 44 anos e depois de seis acusações de burla continua em liberdade.
A procuradora-adjunta Mariana Pereira da Costa, do Ministério Público de Penamacor, achou por bem determinar a medida de coação mais leve do Código de Processo Penal, o termo de identidade e residência, apesar de não existir uma morada oficial.
Não tendo sido interrogado ainda pela Polícia Judiciaria durante a investigação, Luís Fundo nunca chegou a entregar uma morada oficial. “A última residência conhecida era em Cabeceiras de Baixo”. Segundo o despacho do Ministério Público, entre 2010 e 2011, o burlão manteve residência em Espanha, numa morada desconhecida. Na Internet, indica ainda que Luís esteve no Brasil e que, enquanto lá estava, foi notificado pelo Tribunal num outro processo.
Fontes judiciais declararam ao Jornal de Notícias que não receberam qualquer “mandato de detenção, mesmo depois do arguido ter publicado no jornal de Castelo Branco falsos anúncios de crédito. Um individuo chegou a ser enganado”.
Segundo despacho, “o arguido, a partir de 2007, decidiu proceder à publicação, em diversos jornais, de anúncios de concessão de créditos. Nesta atividade, tinha a única forma de obtenção de rendimentos, conseguindo manter uma vida desafogada”.