Uma mulher que garante ter sido violada pelos russos na cidade de Bucha, na Ucrânia, foi acolhida em Rio Maior, no distrito de Santarém, com o filho de (apenas) cinco anos. Esta eventual testemunha dos crimes de guerra dos soldados às ordens de Putin foi ouvida pela Amnistia Internacional, em Portugal, mas acabou por sair do nosso país, conta a CNN Portugal.
A mulher, cuja identidade nunca é revelada, foi para outro país da Europa porque, conta o canal, estaria a ser ameaçada por russos em Portugal. O marido foi morto na Ucrânia.
O caso desta ucraniana está a ser acompanhado pela Amnistia por, eventualmente, ser um crime de guerra. "Deu-nos o seu testemunho para relatórios nossos que estamos a fazer e investigação no terreno na Ucrânia acerca de crimes de guerra", afirmou Pedro Neto, da Amnistia Internacional, à CNN.
"Era uma senhora que, depois, também se sentiu cá perseguida [...] Estas pessoas, por serem potenciais testemunhas de crimes de guerra, também são alvos de perseguição por quem as quer silenciar", acrescentou.
Recorde-se que, no dia 8 de abril, uma equipa forense começou a exumar uma vala comum em Bucha, com as autoridades ucranianas a afirmarem que os russos costumavam enterrar as vítimas resultantes da sua ocupação.
A União Europeia e outros aliados ocidentais estão a ajudar a Ucrânia a compilar provas para futuros processos por crimes de guerra perpetrados pela Rússia.
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