O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta quarta-feira a morte de Paula Rego, aos 87 anos, classificando-a como "perda nacional".
"Eu sei, acabei de saber", disse Marcelo questionado pelos jornalistas sobre este óbito.
O chefe de Estado classificou a morte da artista plástica como "uma perda nacional" e indicou que irá dialogar com o primeiro-ministro, António Costa, "para ponderar como assinalar, em termos de luto nacional, esta perda".
"É em termos de artista plástica muito completa, com maior projeção no mundo desde que nos deixou [Maria Helena] Vieira da Silva", apontou Marcelo.
"Tem uma projeção que é muito longa, muito rica e muito prestigiante", assinalou. "O Presidente Jorge Sampaio tomou a iniciativa única de a convidar para fazer uma coleção de representações para a capela do Palácio de Belém que foram, na época, revolucionárias", recordou o antigo professor catedrático.
Marcelo deu ainda os seus "sentimentos à família em nome de todo o povo português". "Nenhum de nós podia imaginar que pudesse desaparecer", acrescentou.
Paula Rego estudou nos anos 1960 na Slade School of Art, em Londres, onde se radicou definitivamente a partir da década de 1970, mas com visitas regulares a Portugal, onde, em 2009, foi inaugurado um museu que acolhe parte da sua obra, a Casa das Histórias, em Cascais.
Nascida a 26 de janeiro de 1935, em Lisboa, foi galardoada, entre outros, com o Prémio Turner em 1989, e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2013, além de ter sido distinguida com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 2004. Em 2010, recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes.
Em 2019, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal.
[Notícia atualizada às 12h20]
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