Marcelo diz que SNS "é problema estrutural" e descarta demissão de Temido
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a questão das urgências de obstetrícia e ginecologia deve ser esclarecida e resolvida para o futuro.
© Pedro Fiúza/NurPhoto via Getty Images
País SNS
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assumiu esta segunda-feira que as questões relacionadas com as urgências de obstetrícia e ginecologia "são um problema específico no sector que, largamente, é antigo" e recorda que o mesmo aconteceu "antes da pandemia".
O chefe de Estado considera que, perante o 'fim à vista' da pandemia, é necessário agora parar de "remendar" os problemas do SNS e fazer uma reflexão para os resolver de uma vez.
"Lembro-me de ter acontecido antes da pandemia. A única dúvida é como é que tendo acontecido anteriormente não houve previsão para isso e a discussão sobre o número de especialistas, se é suficiente, ou é um problema de arrumação ou gestão, e esse é um ponto que tem de ser esclarecido e resolvido para o futuro", frisou Marcelo considerando que a saúde tem um "problema estrutural" que não é de agora nem do último governo ou dos anteriores.
É preciso fazer um balanço do SNS.O antigo professor catedrático afirma que "há problemas de fundo" e "é preciso fazer um balanço do SNS" que tem "enfrentado novas pressões", nomeadamente, com o envelhecimento da sociedade portuguesa.
Marcelo afirma que é preciso analisar que solução poderemos encontrar para melhorar a saúde em Portugal refletindo sobre todas as problemáticas e aprendendo também com o que "pandemia nos ensinou".
Demissão de Temido? Marcelo descarta
O Presidente da República foi ainda confrontado com uma possível demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, após o caos das últimas semanas. Marcelo descartou essa possibilidade considerando que a questão do SNS "é um problema global da política" que não se resolve trocando um ministro por outro.
O chefe de Estado repetiu, por várias vezes, que "o problema não é da pessoa A, da pessoa B, ou da pessoa C" e "nem sequer de um Governo, deste ou de outros".
"O problema de fundo é estrutural. Se quiser é um bocadinho de haver políticas diferentes entre governos, isto exige uma certa estabilidade de políticas", defendeu.
Recorde-se que a ministra da Saúde, Marta Temido, apresentou esta quarta-feira as medidas a tomar para fazer frente à falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante os meses de verão.
Em conferência de imprensa, a governante anunciou ainda a criação de uma comissão de acompanhamento da resposta em urgência de ginecologia/obstetrícia e bloco de partos.
Leia Também: Pressão no SNS não se deve a "nenhum condicionamento financeiro"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com