O primeiro-ministro, António Costa, assumiu esta quarta-feira a responsabilidade das falhas no Serviço Nacional de Saúde afirmando que "a responsabilidade de tudo o que acontece no Governo" é sua.
Confrontado pelo líder parlamentar do PSD, Paulo Mota Pinto - que acusou a ministra da Saúde de "incapacidade de gestão e de promover reformas no SNS" -, Costa assegura que a mesma não será demitida.
“Respeito a opinião de todos, dos que nunca foram membros do Governo e dos que foram. Até prova em contrário, só há uma pessoa que escolhe os membros do Governo e neste momento sou eu, e eu assumo a responsabilidade por tudo o que fazem os membros do Governo que escolhi", frisou lembrando que o PS foi eleito com maioria absoluta nas últimas legislativas.
Quanto ao SNS, Costa admitiu que "não basta reforçar o SNS" e que o "novo quadro demográfico exige uma reforma estrutural do setor", destacando que desde que é primeiro-ministro aumentou em 30% o Orçamento do SNS e houve um reforço líquido de 25.000 profissionais.
O líder do executivo frisou ainda que "quem quis acabar com o SNS foi o PSD" e que, pelas mãos da oposição, a saúde em Portugal estaria em pior estado.
"Ao contrário do que diz, não foi uma semana de conjugação de feriados e de escalas que comprometem uma estratégia de reformas que está em curso e vamos prosseguir", afirmou, dizendo que o Governo poderia ter ido mais depressa se não tivesse havido uma pandemia durante dois anos e "nove meses de uma crise política absolutamente inútil".
O socialista ressaltou que o SNS “foi sujeito ao maior teste de stress" que poderia ter tido com a pandemia e, ainda assim “respondeu à altura do que era necessário”.
O primeiro-ministro, António Costa, está hoje a responder às perguntas dos deputados no primeiro debate sobre política geral da XV legislatura, quase oito meses depois da última discussão parlamentar deste género.
[Notícia atualizada às 15h36]
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