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MNE defende relações económicas "mais intensas" com Albânia e Macedónia

Portugal quer desenvolver relações económicas "mais intensas" com a Albânia e Macedónia do Norte e aumentar a presença de empresas nacionais, referiu hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, à margem da visita aos dois países candidatos à União Europeia.

MNE defende relações económicas "mais intensas" com Albânia e Macedónia
Notícias ao Minuto

20:34 - 26/07/22 por Lusa

País UE

"Tanto com a Albânia, como com a Macedónia do Norte, as nossas relações económicas são muito escassas e portanto temos todo o interesse agora, durante os próximos meses e par de anos, de desenvolver relações económicas muito mais intensas", salientou João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa.

O chefe da diplomacia portuguesa, que realizou entre segunda-feira e hoje uma visita aos dois países que iniciaram negociações para aderir à União Europeia (UE), apontou que faltam "instrumentos diplomáticos", uma "convenção para evitar a dupla tributação" ou "um acordo de promoção e proteção reciproca dos investimentos", para avançar para um novo patamar nas relações.

"Vamos agora trabalhar nestes instrumentos e também irei ver com a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) como podemos aproveitar", assegurou o ministro.

João Gomes Cravinho apontou para a presença de empresas de muitos outros países europeus, referindo que não há razão para que não estejam presentes também empresas portuguesas nestes dois territórios.

A UE lançou na passada terça-feira, dia 19 de julho, as negociações de adesão com a Macedónia do Norte e a Albânia, tendo o "momento histórico" sido assinalado numa cerimónia na Comissão Europeia, com a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, e os primeiros-ministros dos dois países candidatos.

A abertura das negociações, que Skopje e Tirana há muito aguardavam, ocorreu depois de a Macedónia do Norte ter assinado, a 17 de julho, um protocolo bilateral com a Bulgária, que permitiu desbloquear um longo impasse que afetava também a Albânia, tendo os 27 da UE dado, no dia seguinte, 'luz verde' para a celebração das primeiras reuniões intergovernamentais, que decorreram a 19 de julho em Bruxelas, com um significado meramente político, mas que lançaram oficialmente as negociações.

O ministro dos Negócios Estrangeiros lembrou ainda que, após a entrada destes países na UE e, portanto, no mercado único, tudo "se tornará mais fácil", mas realçou que "quem já estiver no mercado estará em vantagem".

"Interessa-nos marcar já presença e não esperar pela adesão", vincou.

Com as negociações de adesão dos dois países a decorrerem, João Gomes Cravinho analisou a proposta do Presidente francês, Emmanuel Macron, para uma "comunidade política europeia", defendendo que não deve ser vista "como uma alternativa à adesão".

"O Presidente Macron fez comentários bastante genéricos, muito interessantes e que irão ser discutidos e esclarecidos a partir do mês de outubro. Temos vindo a sublinhar que esta proposta, que nos parece muito válida, para uma comunidade política que vai para além da UE, que abraça também países que são candidatos, mas também países que não são, como a Noruega, parece-nos extremamente válida, útil e interessante", salientou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros vê a ideia de Macron como "uma oportunidade para uma participação e uma convergência geopolítica que deve ter lugar independentemente do processo de adesão".

"Funcionando bem, pode ser um estímulo ao processo de adesão para facilitar as negociações", apontou ainda.

Macron apresentou este projeto em 09 de maio, no Dia da Europa, perante o Parlamento Europeu em Estrasburgo (França), durante um debate sobre o lançamento do processo de adesão da Ucrânia, que está em guerra com a Rússia.

O Presidente francês argumentou então que levaria "décadas" para a Ucrânia aderir à UE e sugeriu que Kiev deveria entretanto fazer parte de uma "comunidade política europeia" que poderia também incluir o Reino Unido, que deixou o bloco comunitário em 2020, ou a Moldova.

Leia Também: Adesão da Albânia e Macedónia do Norte à UE é "importante para segurança"

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