Segundo a DGS, prevê-se uma "aquisição faseada" destes novos tipos de dispositivos ao longo dos próximos anos, "de forma a cobrir a totalidade dos utentes com Diabetes tipo 1 e indicação clínica para a sua utilização".
"Estas novas bombas de insulina oferecem oportunidades de melhoria da qualidade do tratamento e qualidade de vida", considera a autoridade de saúde, sublinhando que, desde 2020, "todas as pessoas com diabetes tipo 1 acompanhadas nos centros de tratamento validados e com indicação clínica podem ter acesso ao tratamento com bombas de insulina, ao abrigo deste programa".
Esta informação surge depois de, no passado mês de abril, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) ter pedido uma maior agilização do acesso a bombas de insulina para permitir que cheguem mais rapidamente a cerca de 15 mil diabéticos.
"Existe um problema de agilização no acesso à bomba e, depois, no apoio à formação para que as pessoas possam colocar a bomba e aprender a usá-la", disse à Lusa José Manuel Boavida, ao alertar que a "capacidade de resposta é muito menor do que as necessidades" do país.
As bombas de insulina permitem uma melhoria da qualidade de vida, uma vez que dispensam a administração de múltiplas injeções por dia, assim como uma melhoria do controlo glicémico, pois imitam de uma forma mais próxima a secreção fisiológica de insulina pelo pâncreas.
O presidente da APDP disse ainda que os centros de tratamento "são limitados e têm poucos meios", apesar de reconhecer que já há uma maior distribuição por todo o país.
O responsável adiantou ainda que "a associação tem insistido muito para que este processo se torne muito ágil" ao nível dos vários organismos do Ministério da Saúde e que passe a ser feito à semelhança do que acontece com a prescrição de medicamentos para permitir que, dentro de poucos anos, as 15 mil pessoas fossem abrangidas por estas bombas de perfusão subcutânea contínua de insulina.
Segundo José Manuel Boavida, a população a abranger por estas bombas comparticipadas pelo Estado é de cerca de 15 mil pessoas, num processo que começou pela colocação de cerca de 100 bombas por ano e que tem vindo a aumentar "consoante a capacidade de resposta" dos serviços de saúde.
No final de 2021, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde adiantou que cerca de 4.000 diabéticos estavam em tratamento em Portugal com bombas de perfusão subcutânea contínua de insulina, um número que tem vindo a crescer desde 2018, passando de pouco mais de 2.800 para cerca de 4.000.
Na altura, anunciou ainda que este ano seriam incluídos neste programa, pela primeira vez, dispositivos híbridos e microbombas (bombas inteligentes).
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