O Ministério Público (MP) acusou dois arguidos, um vereador com o pelouro da Cultura, Turismo e Juventude e o outro chefe da Divisão de Cultura, Turismo, Desporto e Juventude, na Câmara Municipal da Trofa, pela prática, em coautoria, de um crime de prevaricação de titular de cargo político.
Segundo nota da Procuradoria Geral Distrital do Porto, o MP considerou indiciado que, "na sequência de publicações feitas no ano de 2015 pelo então presidente de uma associação desportiva, recreativa e cultural com sede na Trofa, onde discorreu sobre o favorecimento da Câmara Municipal a um outro Clube local, e de uma denúncia de natureza criminal que também apresentou", os arguidos decidiram interferir na normal tramitação das candidaturas daquela associação a subsídios concedidos pelo Município ao abrigo de contratos programa, pelo que, "retiveram as candidaturas apresentadas para os anos de 2016 e 2017, não as remetendo à Comissão para a sua análise e subsequente tramitação" apesar de tais candidaturas se encontrarem devidamente instruídas.
Impediram, desta forma, que a associação beneficiasse dos respetivos subsídios anuais, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores.
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