Pedro Santos Correia é o nome do novo juiz na instrução do processo BES/GES e que vamos passar a ouvir com maior frequência a partir de agora. Mas quem é este homem que vai 'calçar as botas' de Ivo Rosa, o juiz madeirense conhecido por grandes processos como é o caso da Operação Marquês?
Com pouco mais de três anos de experiência, segundo a lista de antiguidade dos magistrados judiciais referente a dezembro de 2021, Pedro Santos Correia entrou para o TCIC no movimento de magistrados efetivado este mês, proveniente do Juízo de competência genérica de Celorico da Beira.
O magistrado, segundo a deliberação do Movimento Judicial Ordinário de 2022 para os Tribunais da Relação e Tribunais de Primeira Instância, foi colocado em regime de substituição no Tribunal Central Instrução Criminal.
O juiz assumirá agora um 'super processo' que contava inicialmente com 30 arguidos (23 pessoas e sete empresas). Atualmente restam 26 arguidos, num total de 23 pessoas e três empresas.
Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.
Recorde-se que a decisão de substituição foi tomada na reunião plenária de hoje do organismo, que já havia definido no passado mês de junho um prazo máximo de oito meses para a conclusão da instrução do caso BES/GES, fevereiro de 2023.
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