"Não há indícios de que se tenha tratado de um ataque ao presidente, ou de uma ação mal intencionada". Quem o diz é historiador e jornalista José Milhazes que, em declarações à SIC Notícias, teceu algumas considerações sobre o acidente de viação em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se viu envolvido, na quarta-feira.
O comentador ecoou as palavras do porta-voz do chefe de Estado, Sergii Nykyforov, indicando que “um carro ligeiro foi bater nos carros em que seguia a comitiva do presidente ucraniano, e ele saiu praticamente ileso”.
“Os médicos que o acompanham tiveram de tratar do condutor do automóvel ligeiro, porque esse, sim, sofreu alguns ferimentos. Quanto ao presidente, o que é dito é que ele continuou a sua viagem, depois de o ferido ter entrado numa ambulância e ter sido levado para o hospital”, complementou.
Zelensky esteve, na quarta-feira, de visita a Izium, uma das localidades recuperadas pelas forças ucranianas no âmbito da sua contraofensiva. No momento do acidente, o chefe de Estado estaria “de regresso a Kyiv, onde fica a sua residência oficial, embora se saiba que ele não vive permanentemente no local, devido à possibilidade de haver um atentado terrorista ou um atentado para o assassinar por parte das forças russas”, esclareceu Milhazes.
Questionado quanto à possibilidade de este acidente, que será investigado pelas autoridades ucranianas, comprometer as movimentações do presidente no país, o historiador foi taxativo.
“Não, vai depender muito da situação. Mas, se continuarmos nesta onda positiva para as forças armadas ucranianas, certamente que iremos ver o presidente ucraniano a visitar as regiões libertadas, porque isso é uma forma de fazer aumentar a moral das tropas e da população dessas regiões. Daí que isso seja muito importante para Zelensky, e ele parece não ser um daqueles dirigentes que tenha medo deste tipo de perigos”, salientou.
Imagens divulgadas pelo meio de comunicação bielorrusso Nexta mostram o rescaldo do acidente, que poderá ver nesta página.
No vídeo, é possível observar vários veículos no local, tanto dos serviços de emergência, como das autoridades.
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