O acidente ocorreu durante uma sessão de instrução antimotim na tarde de quinta-feira, nas instalações do GISP em Monsanto, em Lisboa, junto ao estabelecimento prisional, no decurso da formação de novos elementos deste grupo da guarda prisional, confirmaram à Lusa o presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional (SICGP), Júlio Rebelo, e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Júlio Rebelo confirmou à Lusa que o acidente com arma de fogo provocou a perda do dedo de uma mão ao formando vítima do incidente e que o curso de formação se encontra suspenso.
Segundo a DGRSP o acidente aconteceu com "uma caçadeira municiada com pólvora seca (munição de salva)", sendo que, explicou, por seu lado, Júlio Rebelo, na formação de novos elementos é usado material específico para essa finalidade, sem utilização de munições reais.
De acordo com a DGRSP, "o INEM foi imediatamente acionado e encaminhou o formando para Hospital do SNS, do qual teve alta no decurso da noite".
"Foi determinada a abertura de processo interno de averiguações a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção -- Sul (coordenado por Magistrado do Ministério Público), com vista ao apuramento das circunstâncias em que o acidente teve lugar. A ocorrência foi igualmente comunicada à Polícia Judiciária", adiantou a DGRSP.
Júlio Rebelo referiu que a arma na origem do acidente foi recolhida no local pela PSP.
Questionado pela Lusa sobre o nível de experiência destes formandos no manuseamento de armas, o presidente do SICGP disse que o curso de formação incluía guardas prisionais recém-formados, com um máximo de cinco anos de experiência profissional e que muitos deles são ex-militares.
Referiu também que os guardas prisionais têm formação de tiro todos os anos.
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