Ao som de assobios e gritos de ordem como "lutar pelo clima não é crime", "prendam o ministro, não as ativistas" ou "não estão sozinhas", os estudantes entraram para a sessão de julgamento cerca das 14:30.
Na rua em frente ao edifício F do Campus de Justiça, onde funciona o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, cerca de 30 pessoas manifestam solidariedade às ativistas, empunhando cartazes, entoando gritos de ordem e segurando uma faixa branca com letras vermelhas onde está escrito "não estão sozinhas".
Cerca de dez agentes da PSP estão no local, junto ao gradeamento que separa os manifestantes da entrada do tribunal.
Os quatro ativistas climáticos, detidos na Faculdade de Letras na noite de 11 de novembro, estão a ser julgados por desobediência civil.
Os quatro estudantes pertencem ao núcleo da Faculdade de Letras do movimento "Fim ao Fóssil - Ocupa!", que ocupou duas escolas secundárias e quatro faculdades, exigindo o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão de António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar.
Os quatro jovens foram detidos pela polícia durante várias horas e libertados na madrugada do dia 12, tendo posteriormente, ao serem inquiridos pelo Ministério Público, recusado a suspensão provisória do processo em troca de se absterem de realizar novas ações de ocupação.
Leia Também: Porto. Universidade lança apoio extraordinário de emergência para alunos