Uma morte, inundações e estragos. As consequências do mau tempo em Lisboa

Capital esteve em alerta vermelho até às 2h00 desta quinta-feira, com um total de 849 ocorrências registadas. 

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Notícias ao Minuto com Lusa
08/12/2022 09:56 ‧ 08/12/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Mau Tempo

A chuva intensa e trovoada que se fizeram sentir na quarta-feira causaram estragos e cheias em várias zonas do país, em particular no distrito de Lisboa, que esteve em alerta vermelho até às 2h00 de hoje, com um total de 849 ocorrências registadas

De acordo com  a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), esta quinta-feira, "destas, 71 por cento ocorreram no distrito de Lisboa e 11 por cento no distrito de Setúbal, sendo que 80 por cento - 673 ocorrências - se devem a inundações".

Uma mulher com cerca de 55 anos, que morava numa cave em Algés, concelho de Oeiras, não resistiu à forte inundação causa pela chuva, acabando por morrer. O marido conseguiu salvar-se. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou, ainda ontem à noite, os sentimentos à família da vítima "que faleceu nestas condições dramáticas".

E apesar do apelo do Serviço Municipal de Proteção Civil para que cada um tomasse "as maiores precauções face ao estado do tempo, nomeadamente, não saindo à rua, exceto para situações de emergência", e dos Sapadores Bombeiros de Lisboa - que alertaram para a formação de lençóis de água na estrada por causa das fortes chuvadas -, vários foram os vídeos publicados nas redes sociais que demonstram a força da chuva pela capital do país.

Os principais problemas foram as perturbações na via pública e na circulação automóvel, com relatos de inundações em estradas em Sete Rios, no Aeroporto de Lisboa e na Avenida de Berna. Alguns edifícios comerciais e estações de comboio também sofreram danos com a entrada de água.

Inundações e aluimentos. Cem pessoas deslocadas na Amadora

O comandante de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, José Miranda, deu conta de um aluimento de terras na freguesia de Mina de Água, concelho da Amadora, que "atingiu dois barracões, e que levou a que 100 pessoas tivessem sido deslocadas temporariamente das suas habitações".

"Registámos também inundações na Costa da Caparica, em Almada, que provocaram seis deslocados das suas habitações e o resgate de 47 pessoas dos seus veículos", disse. O responsável adiantou que as inundações registadas na freguesia do Feijó, em Almada, provocaram 10 desalojados.

No hospital Francisco Xavier, na capital, houve ainda "um princípio de inundação".

Ao início da madrugada, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, tinha já indicado que nos distritos de Lisboa e Setúbal havia várias estradas, túneis e linhas de comboio cortadas.

No entanto, antes das 09h00, não havia "cortes nos eixos rodoviários e ferroviários", disse, salientando que as situações pontuais que ocorreram durante a madrugada estão resolvidas. Alertou, no entanto, para o facto de a entrada para estação de comboios de Algés ainda estar bloqueada devido à inundação.

O Intervenção de Resgate Animal (IRA) também teve uma equipa "em prontidão", durante toda a noite de quarta-feira, para possíveis alertas com animais em risco.

A passagem da previsão de alerta amarelo para vermelho num espaço de tempo tão curto no distrito de Lisboa, foi, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) devido à situação "muito instável", alertando que a depressão vai continuar a aproximar-se de Portugal Continental "com bastante imprevisibilidade" até sexta-feira.

Os distritos de Santarém e Faro também estiveram sob aviso vermelho até às 3h00, e o IPMA avisou que podia "ocorrer precipitação forte com aguaceiros e trovoadas por todo o território nacional". 

A partir daí, Lisboa e estes distritos passaram a aviso laranja até às 6h00, assim como Leiria, Setúbal e Beja. Todo o continente permanecerá sob aviso até à manhã de sexta-feira devido ao mau tempo.

Também os arquipélagos dos Açores e da Madeira estão sob aviso amarelo devido sobretudo à agitação marítima e ao vento forte.

Leia Também: Sapadores de Lisboa registam 292 ocorrências devido a inundações

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