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Deputada que perseguiu homem com arma vem a Portugal em "missão oficial"

Carla Zambelli, do partido de Bolsonaro, entrou em discussão com um apoiante de Lula da Silva que alegadamente a insultou. Após o confronto, perseguiu o homem com uma arma.

Deputada que perseguiu homem com arma vem a Portugal em "missão oficial"
Notícias ao Minuto

23:44 - 20/12/22 por Notícias ao Minuto

País Brasil

A deputada federal brasileira Carla Zambelli, que em outubro foi notícia após ser vista armada numa rua de São Paulo, no Brasil, a perseguir um homem, virá a Portugal numa “missão oficial”. 

A notícia foi avançada pela própria esta terça-feira, após um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro ter suspendido o seu porte de arma, na sequência do incidente de outubro. Para além de suspender a licença de porte, o juiz Gilmar Mendes ordenou também à deputada que entregue a pistola às autoridades no prazo de 48 horas. No caso de incumprimento, ordenou à polícia que apreenda a arma.

Em declarações à imprensa brasileira, a deputada, apoiante do ainda presidente Jair Bolsonaro, disse que “não foi intimada” e teve “conhecimento da sentença através da imprensa”. Disse ainda estar focada “numa missão oficial”, que a deixará “fora do país até ao dia 24 de dezembro”. 

“Sendo assim, é impossível cumprir a ordem que a imprensa afirma que o Gilmar Mendes definiu”, declarou.

Segundo a Câmara dos Deputados, Zambelli irá visitar o parlamento italiano e irá discursar no encontro das “comunidades brasileiras de Portugal e Espanha, a convite do Movimento Yes Brasil e da Revista Direita BR Europa”.

A 29 de outubro, na véspera da segunda volta das eleições presidenciais do Brasil, Zambelli entrou numa discussão numa rua de São Paulo com um apoiante de Lula da Silva que alegadamente a insultou. A deputada empunhava uma pistola e perseguiu o homem até um bar onde havia outras pessoas e no qual entrou, apontando a arma de forma ameaçadora.

Na sua decisão, o juiz concluiu que, ao reagir desta forma a um alegado insulto, a deputada "foi muito além dos limites da legítima autodefesa".

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