O documento, que será hoje apresentado no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, foi elaborado pelo Observatório da Emigração, um centro de investigação do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa.
Segundo a informação recolhida e trabalhada por este centro, em 2021 registou-se a entrada de 18 portugueses em Macau, o valor mais baixo desde 2000, ano em que entraram apenas quatro portugueses.
Em 2020, tinham emigrado para Macau 67 portugueses e, um ano depois, foram 18, sobretudo homens (61,1%) e jovens, com apenas 10,7% a terem mais de 65 anos.
Desde 2000 que o aumento de portugueses em Macau foi progressivo, até 2013, quando se registou uma diminuição até 2017, voltando a crescer pontualmente em 2018, e a decrescer em 2019 e 2020.
Os autores do documento, que se baseia nos dados recolhidos pelo Observatório da Emigração junto das instituições responsáveis pelas estatísticas da imigração, indicam que, em 2021, as entradas de portugueses representaram 3,8% das entradas totais em Macau, o que fez desta emigração a terceira maior para aquele país.
No contexto da emigração portuguesa, Macau é o terceiro país do mundo com uma maior percentagem de entradas de portugueses, em comparação com o valor total de entradas de estrangeiros.
Em 2021, o número de portugueses neste território sob administração chinesa totalizava 2.213, mais 10% do que em 2016.
Segundo o relatório, "dada a posição particular de Macau na China, o acesso pleno à cidadania passa nesta Região Administrativa Especial pela aquisição do estatuto de residente permanente, não pelo da aquisição de nacionalidade", não estando disponíveis estatísticas sobre a aquisição do estatuto de residente permanente.
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