Além do autarca socialista Miguel Reis, são arguidos no processo o chefe da divisão de Urbanismo daquela autarquia do distrito de Aveiro e três empresários, sendo que os cinco detidos chegaram ao TIC cerca das 10:00, depois de terem passado uma segunda noite nas instalações da Policia Judiciária (PJ) do Porto.
Segundo fonte ligada ao processo, a audição dos arguidos terá início às 14:00, pelo que "não há certezas" de que as medidas de coação sejam conhecidas hoje.
Em comunicado, na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que estas cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto.
O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, o chefe da divisão do Urbanismo da autarquia, José Costa, e os três empresários foram detidos por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
Esta operação da PJ, denominada de Vórtex, contou com a presença de magistrados do Departamento de Investigação e de Ação Penal (DIAP) Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como de peritos informáticos de várias estruturas daquela polícia.
"A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", explicou a PJ.
Miguel Reis foi eleito presidente da Câmara de Espinho pelo PS nas autárquicas de 2021, com 40,23% dos votos.
É atualmente presidente da concelhia do PS de Espinho, depois de ter sido reeleito para o cargo em outubro de 2022.
Leia Também: Detidos da operação Vórtex ouvidos quinta-feira no TIC do Porto