Em comunicado, o SNPL afirma que "mau grado a insistência do Ministério [da Educação] em dizer que tem toda a boa vontade, demonstra sempre o contrário".
O sindicato critica que mais uma vez o Governo tenha apresentado como proposta para a colocação de professores que respondam a necessidades temporárias das escolas a criação de um conselho local de diretores, agora denominado Conselho de Quadro de Zona Pedagógica (QZP), o limite geográfico de colocação de docentes, que o executivo promete reduzir.
"O SNPL continua a recusar, como vem fazendo desde o início, os Conselhos Locais de Diretores, que redundam numa colocação geográfica obrigando os docentes a percorrer a dezenas, se não mesmo, centenas de quilómetros diários. O critério da lista única graduada continua a ser esquecido, intencionalmente. Não aceitamos que as necessidades temporárias sejam preenchidas através da gestão local de docentes", criticou o sindicato.
O sindicato acusa ainda o ministério liderado por João Costa de promover desigualdades entre professores nos concursos de colocação, rejeitando a proposta do executivo, "que só vem acentuar mais a desigualdade e os prejuízos de que os professores têm sido alvo há décadas".
"No próximo dia 23 de fevereiro continuaremos a testar a boa vontade do Ministério da Educação e o Ministério da Educação continuará a testar a nossa paciência", conclui o SNPL.
As negociações sobre o regime de recrutamento e mobilidade de pessoal docente, iniciadas em setembro, deverão ser concluídas na próxima semana, dia 23, sendo que as organizações sindicais poderão ainda pedir a negociação suplementar.
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