Temperaturas mínimas abaixo da média? As recomendações da Proteção Civil

Espera-se uma descida da temperatura, com mínimas abaixo da média para a época do ano. Haverá ainda períodos de chuva ou aguaceiros, mais frequentes no dia 24 de fevereiro.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
22/02/2023 19:12 ‧ 22/02/2023 por Notícias ao Minuto

País

Meteorologia

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para os próximos dias tempo frio e precipitação, salientando-se períodos de chuva ou aguaceiros, mais frequentes no dia 24 de fevereiro, podendo ser acompanhada de trovoada e granizo.

Espera-se ainda queda de neve acima dos 600/800 m nas regiões Norte e Centro (com acumulação que pode superar os 5 cm) e acima dos 800/1000m na região Sul na quinta-feira, descendo temporariamente para 400/600m a partir do final da tarde. Já o vento deverá predominar do quadrante norte e a intensificar a partir da tarde desta quarta-feira e durante o dia de amanhã no litoral oeste e nas terras altas, com rajadas até 65 Km/h em especial no Centro e Sul.

No geral, espera-se uma descida da temperatura, com mínimas abaixo da média para a época do ano

Perante o quadro meteorológico previsto, a Proteção Civil considerou, em comunicado que poderão ocorrer "intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras", bem como "incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos"

É ainda necessária "especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem abrigo, bem como ao piso escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo", revela a missiva. 

Nessa linha, o organismo alertou para o "aumento do risco associado ao tráfego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo", mas também para "danos em estruturas montadas ou suspensas", e acautelou ainda a "possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte; possíveis acidentes na orla costeira; instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo".

Como medidas preventivas, a ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados:

A nível da proteção individual:

  • Evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura;
  • Manter o corpo quente, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e
    adaptada à temperatura ambiente;
  • Proteger as extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e
    cachecol) e calçado quente e antiderrapante;
  • Ingerir sopas e bebidas quentes e evitar bebidas com álcool, que proporciona
    uma falsa sensação de calor;
  • Os trabalhadores que exerçam a sua atividade no exterior, devem utilizar
    vestuário e calçado adequados e evitar esforços excessivos resultantes dessa
    atividade;
  • Acautelar a prática de atividade física no exterior, prestando atenção às
    condições do piso para evitar quedas;
  • Reforçar o apoio e a atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem-abrigo).

A nível da proteção coletiva:

  • Especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte;
  • Assegurar uma adequada ventilação das habitações, quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras;
  • Evitar o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar;
  • Não sobrecarregar tomadas e/ou extensões elétricas;
  • Redobrar os cuidados durante a condução de veículos, especialmente em locais onde se forme gelo na estrada, adotando uma condução defensiva;
  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Consultar a informação meteorológica e rodoviária sempre que as deslocações sejam mais prolongadas e/ou para locais fora das rotas de circulação usuais;
  • Contemplar a colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que exista a possibilidade de circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas
    historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

Leia Também: Tempo frio regressa. Descida significativa da temperatura entre 5 e 10ºC

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