"As pessoas que sofrem violência doméstica, por exemplo, ao nível do trabalho, apresentam uma taxa de absentismo mais elevada e níveis de produtividade e de concentração mais baixos", afirmou a governante ao falar numa conferência digital subordinada ao tema "Violência não é Igualdade".
"A situação pode ser tão grave que pode levar à perda do emprego, por uma situação de acolhimento num sítio distante do seu local de trabalho", sublinhou.
De acordo com a secretária de Estado, que citou relatórios e dados estatísticos internacionais, em média, em cada 10 vítimas de violência doméstica, oito são mulheres.
"São sempre as mulheres as principais vítimas", disse, acrescentando que as mulheres lésbicas, bissexuais e transgénero, estão 60% mais expostas a violência sexual e a violência económica do que os homens (homossexuais, bissexuais ou transgénero).
"É importante que as entidades empregadoras possam estabelecer políticas e procedimentos empresariais que ajudem as trabalhadoras quando se veem numa situação de violência doméstica, idealmente que possam ajudar a prevenir, mas também a reduzir as consequências negativas que podem extravasar para o local de trabalho, embora para muitas trabalhadoras o local de trabalho seja até o porto seguro e o único local que muitas vezes oferece rotas para a segurança", sustentou Isabel Almeida Rodrigues.
Para a secretária de Estado, as empresas têm um papel fundamental e estratégico nesta questão.
A conferência foi organizada pelo iGEN -- Fórum de Organizações para a Igualdade.
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