Após, em novembro, ter ocupado seis escolas e universidades pelo fim aos combustíveis fósseis, o que resultou na condenação de quatro estudantes por crime de desobediência, o Movimento "Fim Ao Fóssil: Ocupa!" disse que estudantes de todo o país estão em "contagem decrescente" para uma nova vaga de ocupações.
Segundo um comunicado hoje divulgado, esta nova onda de ocupações tem como objetivo assegurar que as reivindicações do movimento são escutadas e alertar a sociedade para a urgência de travar o colapso climático.
Para além do fim aos combustíveis fósseis até 2030, o movimento reivindica também, desta vez, eletricidade 100% renovável e acessível para todas as famílias, até 2025.
De acordo com o comunicado, aos estabelecimentos de ensino previamente ocupados, como o Liceu Camões e as faculdades de Letras e de Ciências da Universidade de Lisboa, juntam-se agora escolas e universidades lisboetas, como a escola Rainha D. Leonor ou as Faculdade de Belas Artes e de Psicologia da Universidade de Lisboa, bem como escolas em Coimbra, Faro e Setúbal.
O Movimento avisou que os estudantes ocuparão as escolas e universidades até que 1.500 pessoas se comprometam, publicamente, a participar numa ação de desobediência civil em massa no porto de gás de Sines, no dia 13 de maio, organizada pela plataforma Parar o Gás.
O compromisso, que já tem mais de 50 subscritores, é a forma de o movimento apelar a uma ação da sociedade contra o colapso climático e a indústria fóssil.
Os estudantes desafiaram também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a assinar o compromisso.
"Desta vez ocuparemos mais escolas e seremos mais disruptivos do que no outono. Precisamos de disrupção para parar a destruição", afirmou Teresa Núncio, porta-voz do movimento "Fim ao Fóssil: Ocupa".
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