A Embaixada de Israel em Portugal está, a partir desta tarde, encerrada "até nova ordem". A informação foi primeiramente avançada pela TSF, tendo também sido, entretanto, partilhada pela Embaixada de Israel em Portugal na rede social Twitter.
Como explica a mesma publicação, a decisão surge após a União de Sindicatos em Israel ter decidido avançar com uma greve que afeta as embaixadas israelitas internacionalmente.
"Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel - para a qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e a entrar em greve - a Embaixada será fechada hoje até nova ordem", pode ler-se na publicação.
Em causa está uma ação de protesto contra a reforma judicial afirmada pelo executivo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu, que pretende limitar os poderes do Supremo Tribunal do país.
Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel - para a qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e a entrar em greve - a Embaixada será fechada hoje até nova ordem.
— Israel em Portugal (@IsraelinPT) March 27, 2023
Apenas em questões de emergência, contactar o email: consul@lisbon.mfa.gov.il. pic.twitter.com/8J1CR6pXg9
A mesma fonte aconselha ainda todos os que tenham assuntos urgentes para resolver com a Embaixada de Israel em Portugal a fazê-lo por via do e-mail consul@lisbon.mfa.gov.il.
Greves estendem-se a outras embaixadas
Vários diplomatas de diferentes embaixadas israelitas no estrangeiro anunciaram hoje a adesão às greves e aos protestos que decorrem em Israel contra o plano de reforma judicial defendido pelo governo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A informação foi confirmada por Yaniv Levy, porta-voz do Histadrut, o maior sindicato de Israel, que adiantou que as missões diplomáticas israelitas também estão em greve e que apenas estão a funcionar os "serviços de emergência", uma vez que quer embaixadores, quer cônsules aderiram à vaga de contestação, que está a paralisar o país.
A greve geral, de caráter imediato, foi convocada hoje de manhã pelo líder do Histadrut durante uma conferência de imprensa em que exigiu o fim da reforma judicial anunciada pelo governo, que está a dividir profundamente o país.
A reforma judicial desencadeou uma das mais graves crises internas de Israel, ao unir a oposição, líderes empresariais, funcionários judiciais e mesmo militares do país.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu hoje a Netanyahu para "atuar com responsabilidade e coragem" e pôr fim "de imediato" ao processo legislativo da polémica reforma judicial que está a dividir o país.
[Notícia atualizada às 14h48]
Leia Também: Os pontos mais polémicos da reforma judicial que dividem Israel