Paris é a primeira capital europeia a banir a utilização de troninetes elétricas. A decisão, anunciada na segunda-feira, foi tomada após consulta pública. Em Lisboa, a autarquia já recebeu muitas denúncias pela má utilização deste meio de transporte, mas antes de proibir, quer dialogar.

Em janeiro, foram definidas novas regras de utilização, que o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa garantiu, esta terça-feira, no programa 'Esta Manhã', da TVI, já tiveram algum efeito. Contudo, Filipe Anacoreta Correia lembrou que "é cedo" para avaliar o nível de cumprimento das mesmas e admitiu que ainda há muito a fazer, essencialmente, no que se refere ao estacionamento.

"Numa primeira avaliação as coisas estão melhores, houve operadores que reduziram o número de trotinetes, a fiscalização também aumentou, mas ainda é cedo para avaliar porque o acordo tem 60 dias", lembrou.

Em algumas situações, afiançou o responsável, a autarquia quer "ir mais longe", como é o caso da velocidade, que embora tenha sido reduzida para o máximo de 20km/h devia ser "menor", e da problemática do estacionamento.

"Temos consciência que no estacionamento ainda há muito a fazer. O que se passa é que a Câmara tem tentado fazer isto em diálogo com as Juntas de Freguesia. Está a procurar junto de quem tem melhor reconhecimento do território identificar os melhores sítios para o estacionamento e esse é um processo que, sendo dialogado, demora mais tempo", salientou.

Sobre a fiscalização, Filipe Anacoreta Correia admitiu que esta é um problema.

"Queríamos que ocorresse mais, mas sabemos das dificuldades que há hoje em dia por parte da PSP e Polícia Municipal. Temos feito alguma intervenção junto das polícias [...]. Os autos são feitos aos operadores e cabe aos operadores identificar os utilizadores [que não cumpriram as regras]", esclareceu.

Neste momento, há cerca de 7.500 trotinetes em Lisboa. No verão, esse número vai aumentar. Cada operador vai poder colocar na cidade mais 250, o que dá um total de 1.250.

Questionado sobre a possibilidade de estes veículos virem a ser proibidos em Lisboa, o vice-presidente da autarquia afasta, para já essa hipótese.

"Em Portugal temos tido várias propostas [de cidadãos] sobre esta matéria. Por exemplo, a formação aos mais novos, pois o grande problema não é o negócio, mas sim a utilização", rematou.

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