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Costa pede "desculpa", mas não aceita pedido de demissão de João Galamba

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que não aceita o pedido de demissão de João Galamba do cargo de ministro das Infraestruturas.

Costa pede "desculpa", mas não aceita pedido de demissão de João Galamba
Notícias ao Minuto

20:58 - 02/05/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Governo

"Trata-se de um gesto nobre que eu respeito, mas que em consciência não posso aceitar", declarou António Costa aos jornalistas, na residência oficial de São Bento, em Lisboa.

Antes, ao falar sobre o "deplorável incidente de natureza excecional" que envolve o ministro das Infraestruturas, Costa pediu "desculpas aos portugueses" em nome do Governo.

Na ótica do primeiro-ministro, não é "imputável" qualquer falha a João Galamba no incidente que envolve o ex-adjunto Frederico Pinheiro.

Galamba "não procurou de forma alguma ocultar qualquer informação" à Comissão de Inquérito da TAP. "Não só não tenho nenhum indício que procurou ocultar, como foi quem disponibilizou a informação à CPI", acrescentou ainda. A culpa é de quem "agiu violentamente" e tentou roubar um computador do Estado, atirou.

"Nem sempre é fácil tomar decisões. Seria muito mais fácil seguir a opinião unânime dos comentadores e aceitar a demissão, ouvir a generalidade dos agentes políticos, mas entre a facilidade e a minha consciência lamento desiludir os que vou desiludir, mas escolho a minha consciência", completou.

Assim sendo, "em minha consciência, contarei com João Galamba para prosseguir", frisou, acrescentando que, "a seu tempo", Galamba "se revelará um excelente ministro das Infraestruturas" tal como foi um "excelente secretário de Estado da Energia".

"Esta é uma decisão minha e que me responsabiliza a mim em exclusivo", frisou. "Nunca ninguém me ouviu comentar qualquer conversa com o Presidente da República. E creio que os portugueses têm apreciado a relação de confiança que temos mantido", acrescentou ainda.

Costa acrescentou que limitou-se a informar Marcelo sobre a decisão "que julgou adequada" e espera "ter acertado". Embora "divergentes", o primeiro-ministro diz respeitar o entendimento do chefe de Estado.

"O Governo está cá para respeitar qualquer decisão do Presidente da República", referiu, destacando que "ponderou muito" após ter apurado os factos durante o dia de hoje. "Não prescindo de um membro que deu provas", completou.

[Notícia atualizada às 22h05]

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