Simão Correia, o jovem de 23 anos para quem a música tem um papel fundamental na luta contra uma leucemia linfoblástica aguda tipo B, já fez o transplante de medula e poderá ter alta em breve.
Nas redes sociais, músico tem contado como tem sido o seu dia a dia no hospital desde que foi submetido à cirurgia. O internamento pode durar entre quatro a seis semanas e Simão já completou quatro.
"Em breve estou aí fora a fazer coisas boas, cantar e tocar desalmadamente, comer comida de qualidade, ver o mar, cheirar as serras e dançar à chuva! Hummm... isso talvez não, senão venho cá parar no dia a seguir com uma carraspana que até parecem duas", brincou, num dos posts diários mais recentes, partilhados na sua página de Facebook.
Para passar o tempo, o estudante de Belas-Artes da Universidade de Lisboa têm-se agarrado à guitarra, que tantas vezes já foi a sua âncora, e até já compôs novas músicas.
"Comecei a escrever mais uma música e acho que está a ficar com jinga. Não é tanto a minha praia, mas tem na mesma a minha mão na escrita e na forma como me permito cantar e dar à música", revelou, aproveitando a mesma publicação informar que já fez também a última sessão de quimioterapia do tratamento.
Recorde-se que, em março, Simão revelou à rádio RFM que não podia esperar mais por um dador de medula óssea. Por essa razão o dador acabou por ser o próprio pai, com 58% de compatibilidade. Apesar de não ser o ideal, como o próprio jovem descreveu, como seria com um dador com "90 a 100% de compatibilidade", foi "o possível".
Leia Também: "Surreal". Há 16 anos fez um transplante, agora viu o coração num museu