O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), António Murça, reiterou que o que estava em causa no âmbito da greve que se iniciou na segunda-feira – e que dura, de forma descontinuada, até 14 de julho – é “a integração do suplemento”.
Em declarações à SIC, António Murça recordou que o assunto dos suplementos em questão já era um assunto no início do século, quando o atual primeiro-ministro, António Costa, ocupava outro cargo.
“O que está em cima da mesa é a integração do suplemento – já prometido por António Costa quando foi ministro da Justiça – portanto, há mais de 20 anos”, recordou, acrescentando que as lutas levadas a cabo por estes funcionários dizem respeito a, efetivamente, “cumprir uma decisão do tribunal que manda fazer as promoções” tal como deveriam ter vindo a ser efitas.
“A nada disto a ministra da Justiça dá resposta”, acusou, acrescentando que a responsável pela tutela, Catarina Sarmento e Castro, acaba por remeter a situação “para o estatuto”.
O líder sindical referiu ainda que a responsável pela pasta da Justiça nunca se reuniu com o SFJ. “Não há nenhuma reunião agendada, e ao contrário do que diz a ministra, nunca reuniu connosco”, atirou, explicando que no início do mandato “mandou cumprimentos”, mas que as situações foram sendo remetidas para negociações com o secretário de Estado, Pedro Tavares.
“De palpável, de concreto, não existe nada”, considerou.
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