Circulação na estrada de acesso à Ribeira Quente interrompida por 24h

A circulação rodoviária na estrada de acesso à freguesia da Ribeira Quente, Açores, vai estar interrompida durante 24 horas, a partir de sexta-feira, na sequência das previsões de chuva e por risco de novas derrocadas, foi hoje revelado.

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© Wikimedia Commons/Vitor Oliveira

Lusa
08/06/2023 19:36 ‧ 08/06/2023 por Lusa

País

Açores

O diretor regional das Obras Públicas tinha anunciado hoje de manhã, durante uma visita ao local, que a circulação automóvel na única via de acesso à freguesia da Ribeira Quente, deveria ficar condicionada, a partir de segunda-feira, por existirem ainda "alguns riscos" de derrocadas e por estarem em curso trabalhos de limpeza.

Numa nota publicada esta tarde, no 'site' do Governo Regional dos Açores, a secretaria regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, em articulação com a secretaria regional da Saúde e Desporto e o Serviço de Proteção Civil e Bombeiros, informa que a circulação rodoviária na estrada entre Furnas e Ribeira Quente ficará interrompida entre as 12:00 locais (13:00 em Lisboa) de sexta-feira e as 12:00 de sábado.

A única via de acesso àquela freguesia no concelho da Povoação, na ilha de São Miguel, esteve cortada ao trânsito entre as 15:20 (16:20 em Lisboa) de terça-feira e as 06:20 de quarta-feira, devido ao mau tempo, o que obrigou 50 pessoas a pernoitar num centro social.

O Governo explica que a decisão de interromper a circulação rodoviária surge na sequência do aviso meteorológico emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) com alerta amarelo para precipitação entre as 15:00 de sexta-feira e as 00:00 de sábado, pelo que "as limitações à circulação ficarão condicionadas à evolução das condições meteorológicas".

Poderão circular na estrada veículos para abastecimento regular de bens à Ribeira Quente e para serviço e segurança, "embora condicionados às limitações operacionais impostas pelo acompanhamento das equipas que estarão em permanência no terreno", explica ainda o executivo açoriano.

O Governo dos Açores justifica que as "indicações técnicas" do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) e as "verificações 'in loco' da Direção Regional de Obras Públicas", permitem verificar que há "atualmente um risco acrescido de ocorrências nas zonas fragilizadas na estrada de acesso à Ribeira Quente".

Segundo o executivo (PSD/CDS-PP/PPM), devido à passagem da depressão Óscar existem "materiais total ou parcialmente soltos ou expostos", como rochas, troncos, blocos de terra.

Dada a instabilidade de taludes e terrenos, devido à passagem da depressão Óscar, "perspetiva-se que fatores desencadeantes de menor intensidade possam causar eventuais novas ocorrências com muito maior facilidade", lê-se na mesma nota de imprensa.

Tendo em conta o período festivo no concelho da Povoação, bem como a existência de vários dias não úteis, entre hoje e domingo, incluindo feriado e fim de semana, o Governo dos Açores apela à população residente na freguesia da Ribeira Quente que evite a aproximação e a tentativa de circulação na estrada regional.

Apela, ainda, à compreensão e à colaboração da população para respeitar as limitações impostas na circulação rodoviária, que visam "única e exclusivamente salvaguardar a segurança da população".

O Governo dos Açores garante que vai manter "um acompanhamento permanente da situação", em conjunto com todas as entidades competentes, lembrando que decorrem os trabalhos de limpeza, desobstrução e segurança da via, com vista à normalização da circulação "tão depressa quanto o possível".

Em 1997, 29 pessoas morreram soterradas na Ribeira Quente, na sequência de derrocadas.

A secretária regional da Saúde e do Desporto, que tutela a Proteção Civil, o diretor regional das Obras Públicas, e o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, visitaram hoje de manhã a área afetada pelo mau tempo e a freguesia da Ribeira Quente, que ficou 15 horas isolada devido a uma derrocada durante a passagem da depressão Óscar, esta semana, no arquipélago.

Leia Também: Municípios mais jovens ficam nos Açores e na Madeira

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