Operação da ACT em Odemira. Trabalho ilegal está entre as preocupações
Estão ainda previstas fiscalizações a outras propriedades.
© Lusa
País ACT
Inspetores da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) encontram-se, na manhã desta segunda-feira, em Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira, a fiscalizar uma propriedade da empresa Amazing Promisse com cerca de 300 trabalhadores, alguns dos quais migrantes, sendo a questão do trabalho ilegal uma das prioridades.
Cristina Rodrigues, sub-inspetora da ACT, admite que o município é uma zona "onde existe muito trabalho migrante" e que "a ACT tem o devido cuidado para acompanhar no sentido de verificar e regular a situação dos trabalhadores".
Em declarações à CNN Portugal, a responsável revela que "estamos hoje numa grande propriedade, sabemos que há cerca de 300 trabalhadores, o nosso impulso é saber se eles estão regularizados. São trabalhadores, na sua maioria, migrantes, têm uma certa fragilidade e vulnerabilidade em termos laborais. Sabemos que é fundamental a sua regularização em âmbito laboral e é com esse propósito que estamos cá hoje".
"A nossa expetativa é que possamos detetar quem não esteja efetivamente em situação regular. Temos informação que há pelo menos quatro prestadores de serviços, neste momento ainda não conseguimos verificar quantos são, nem quais as situações de cada prestador", assume a sub-inspetora da ACT.
Estão ainda previstas fiscalizações a outras propriedades, afiançou Cristina Rodrigues, não dando mais detalhes sobre a operação.
A ação da ACT, que começou pelas 8h40, foi promovida em conjunto com a Guarda Nacional Republicana (GNR), com o Alto Comissariado para as Migrações, (ACM) e a Segurança Social (SS).
A empresa alvo da fiscalização é produtora de frutos vermelhos. A Herdade chama-se Flor do Brejo - está dividida em várias parcelas exploradas por várias empresas - já tinha sido inspecionada no ano passado e, segundo a ACT, foram detetadas situações irregulares.
De recordar que, em janeiro, sete militares da GNR foram condenados por torturar imigrantes em Odemira, acusados de um total de 32 crimes desde agressões, sequestro e abuso de poder.
[Notícia atualizada às 09h50]
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