Técnicos de emergência pré-hospitalar suspendem greve a partir de 6.ª

Os técnicos de emergência pré-hospitalar suspendem a partir de sexta-feira a greve ao trabalho extraordinário em curso desde abril, depois de o ministro da Saúde se ter comprometido com a revisão da carreira, anunciou hoje fonte sindical.

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Lusa
25/07/2023 18:52 ‧ 25/07/2023 por Lusa

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Saúde

Em declarações à Lusa, após uma reunião no Ministério da Saúde, em Lisboa, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Rui Lázaro, disse que o ministro Manuel Pizarro se comprometeu a iniciar as negociações da revisão da carreira em setembro e "forçou o INEM" (Instituto Nacional de Emergência Médica) a "cumprir a legislação laboral" a partir da próxima terça-feira, nomeadamente em termos de contabilização de horas de trabalho.

Os técnicos de emergência pré-hospitalar estão em greve ao trabalho extraordinário desde 17 de abril para reivindicar o cumprimento de direitos laborais e a revisão da carreira.

Rui Lázaro explicou que, apesar de o sindicato ter decidido hoje suspender a greve na sequência da reunião com a tutela, a suspensão só terá efeitos a partir de sexta-feira, depois de cumpridos determinados formalismos.

O sindicato decidiu também levantar um pré-aviso de greve geral para 02 a 06 de agosto, durante a visita do Papa Francisco a Portugal para presidir à Jornada Mundial da Juventude de Lisboa.

Segundo Rui Lázaro, "a contabilização das horas errada que fazia o INEM, que subtraía horas aos trabalhadores, é para ser corrigida a partir de 01 agosto".

O dirigente adiantou que o sindicato entregará em agosto a sua proposta de revisão da carreira para ser analisada pela tutela antes de uma primeira reunião negocial prevista para setembro.

Na reunião de hoje foi também "assumido o compromisso de pôr termo aos atos persecutórios" do INEM contra "trabalhadores e dirigentes sindicais", acrescentou Rui Lázaro.

À mesa da reunião estiveram, além do ministro da Saúde e do sindicato, a secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, e elementos da direção do INEM.

[Notícia atualizada às 18h58]

Leia Também: Médicos do Alto Minho recusam fazer mais do que 150 horas extraordinárias

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