Dom Américo Aguiar agradeceu, esta manhã de quarta-feira, aos reclusos que construíram os confessionários que estarão no Parque do Perdão, em Lisboa, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O bispo disse-se ainda preocupado com a adesão espanhola, o que pode configurar um problema de excesso de pessoas. 

Disse, ainda, que é "simbólico" que tenham sido construídos por homens "que estão limitados na sua liberdade provisoriamente" e que a organização agradeceu individualmente. 

Durante a semana da JMJ, quem quiser, pode usar, "de acesso livre", cada um dos 150 confessionários. 

Os 150 confessionários foram construídos por 150 reclusos, 50 de cada um dos três estabelecimentos prisionais envolvidos, que receberam cada um 80 euros da igreja católica, que forneceu ainda as madeiras e as tintas necessárias ao trabalho.

Durante a Jornada, em cada confessionário, e em diferentes idiomas, estará disponível um sacerdote para acolher e escutar os jovens peregrinos.

Adesão espanhola é preocupação

A seis dias da JMJ, o futuro cardeal diz que o evento aproxima-se dos 360 mil inscritos, mas, no total, preveem a participação de 1 milhão de jovens. Américo Aguiar ressalvou que inscritos e participantes não é "a mesma coisa" e que caso exista um afluxo de espanhóis ao evento, tal pode ser um problema. 

"A única coisa que nos preocupa desde o início é o facto dos nossos irmãos espanhóis, na próxima segunda-feira, acordarem muito bem-dispostos, pegarem nos seus carros e quererem vir todos à JMJ sem estarem inscritos. Isso é a única coisa que me preocupa", reforçou.

"Se da parte espanhola tivermos a adesão de não inscritos sem controlo de centenas de milhares, da noite para o dia, causa-nos constrangimentos a todos os níveis", disse, ressalvado ser esta a sua única preocupação. 

Na visita a este parque esteve também a Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que fez um balanço positivo do controlo de fronteiras que foi reposto no dia 22 de julho. 

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