"A esmagadora maioria já chegou e recebemos 5.000, na sua maioria italianos, polacos e franceses", disse Manuel Tiago Fonseca, pároco na Ericeira e Carvoeira e responsável do comité organizador vicarial (COV) das JMJ em Mafra, no distrito de Lisboa.

Os 5.000 foram alocados a Mafra pela organização da JMJ por disporem de "transporte próprio", uma vez que há menos oferta de transportes públicos para Lisboa.

Contudo, um número indeterminado de peregrinos, entre os quais espanhóis, equatorianos e australianos, "juntou o surf e a JMJ e quis ficar na Ericeira", vindo pelos seus próprios meios e reservando o seu alojamento, conforme os responsáveis do COV se aperceberam nas atividades de receção aos peregrinos, que aconteceram na segunda-feira.

Dos que vieram pela organização da JMJ, cerca de 1.200 estão divididos pelas 600 famílias de acolhimento existentes neste concelho e os restantes pernoitam em espaços coletivos, nomeadamente de escolas ou de associações.

Dentro do território da vigararia, Mafra é a paróquia a acolher mais jovens, cerca de 1.300, ficando a maioria na Escola Básica e Secundária José Saramago.

A Vigararia de Mafra tem mais de 300 peregrinos a participar e mais de 700 voluntários a trabalhar nas JMJ.

Como o transporte para Lisboa era uma das preocupações, Vigararia, Câmara Municipal de Mafra e Carris Metropolitana, empresa concessionária de transporte rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa, trabalharam no reforço da oferta.

Foram criados mais sete horários noturnos, para garantir o transporte dos peregrinos no regresso de Lisboa para Mafra, já que, durante o dia, mantém-se a oferta existente no período de inverno, explicou o pároco Manuel Tiago Fonseca.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa entre hoje e domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, e que contará com a presença do Papa Francisco.

O Papa, o primeiro peregrino a inscrever-se na JMJ, chega a Lisboa na manhã de quarta-feira, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no sábado para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.

As principais iniciativas da jornada decorrem no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo, um recinto com cerca de 100 hectares a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

Estima-se que, no total, a JMJ vá custar cerca de 160 milhões de euros.

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