Jovens acreditam que Papa vai pedir para "erguerem a voz pela paz"

Peregrinos da Colômbia, Panamá, Costa do Marfim, Índia e Malásia que estão em Lisboa a participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), acreditam que o Papa Francisco pedirá para erguerem a voz pela paz no mundo.

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© Lorenzo Di Cola/NurPhoto via Getty Images

Lusa
01/08/2023 18:04 ‧ 01/08/2023 por Lusa

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"Penso que o Papa Francisco vai pedir pelo fim da guerra e vai falar muito da fraternidade, porque ele defende que somos todos uma família, com uma casa comum, e que devemos atuar como seres fraternos, como irmãos", disse à agência Lusa a irmã Maria Helena, de Bogotá (Colômbia).

Maria Helena falava à Lusa quando chegava, com um grupo de peregrinos colombianos, à Colina do Encontro (Parque Eduardo VII) para assistir à missa de abertura da JMJ, que está marcada para as 19:00 e será presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

Debaixo de um sol forte, com temperaturas a rondar os 30 graus, e algum vento para refrescar os peregrinos e voluntários, a irmã Maria Helena revelou que da Colômbia vão chegar "mais de dois mil peregrinos" para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O padre Lohu Barman, do nordeste da Índia, considerou também que o Papa Francisco vai pedir aos jovens pela paz no mundo, porque ele acredita que "são os jovens que têm o poder nas mãos".

"Ele vai apelar aos jovens para que ergam as suas vozes e que lutem por um mundo sem guerras e sem terrorismo porque, se o mundo não ouvir a voz dos mais novos, nada mudará", disse o padre indiano, acrescentando que só levantando a voz é que haverá mudança.

Dingui Dominique, 22 anos, subia esta tarde, aos pulos de alegria, a Colina do Encontro, segurando uma bandeira de cerca de dois metros de comprimento da Costa do Marfim.

Dingui também acredita que o Papa, no seu discurso aos jovens, vai pedir para que cesse com o "terrorismo, a guerra e os golpes de Estado" no mundo.

"O Papa Francisco vai pedir mais justiça, mais igualdade entre povos, mais consolidação das famílias fortes e mais compromisso dos jovens para com essas causas", acrescentou Dingui Dominique.

Um grupo de peregrinos do Panamá cantava, divertido, enquanto tentava alcançar o palco da Colina do Encontro.

À agência Lusa, Jari Alvarez, 20 anos, assume que tem "100% de certeza que o Papa Francisco vai voltar a pedir aos jovens para fazerem a paz".

"Ele vai pedir para rezarmos e para pedirmos pelo fim da guerra na Ucrânia. Estou 100% segura que vai pedir", disse a jovem peregrina, acrescentando que Francisco vai também apelar aos jovens para serem mais "ativos", "dinâmicos" e que não tenham "vergonha de se expressarem".

Esther, de 23 anos, chegou na segunda-feira, da Malásia e estava sentada à sombra das árvores da Colina do Encontro com um grupo de peregrinos do seu país.

A jovem peregrina também está confiante que o Papa Francisco vai voltar a pedir para que a guerra na Ucrânia termine e vai pedir aos jovens que "se levantem e ergam as suas vozes para combater as alterações climáticas e para que estejam preparados para os desafios futuros".

Markarthur Bailon, de 25 anos, acrescenta que a Malásia subscreve a "diversidade de religiões" e que "os católicos convivem sem problemas com outras religiões".

Da Malásia são estimados chegar a Lisboa, para as JMJ, "145 peregrinos", disseram.

Ao longo desta tarde estão a chegar vários milhares de jovens peregrinos de todo o mundo à Colina do Encontro para participarem na missa de abertura do maior evento católico em todo o mundo, que está agendada para as 19:00.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa entre hoje e domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, e que conta com a presença do Papa Francisco.

O Papa chega a Lisboa na quarta-feira, às 10:00, e está prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no sábado, dia 05 de agosto.

As principais iniciativas da jornada decorrem no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo, um recinto com cerca de 100 hectares a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

Estima-se que, no total, a jornada tenha um custo a rondar os cerca de 160 milhões de euros.

Leia Também: JMJ: "Centro Arco-Íris" em Lisboa vai acolher jovens da comunidade LGBT

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