Concluída retirada de nove portugueses do Níger
Ministério dos Negócios Estrangeiros diz que resta a retirada de mais um cidadão português daquele país.
© -/AFP via Getty Images
País Níger
"Foi concluída a retirada de nove dos dez cidadãos nacionais, que expressaram intenção de sair do Níger, estimando-se para breve a saída do último cidadão nacional", lê-se numa nota informativa do ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) enviada às redações.
Na mesma missiva, a tutela explica que "a disponibilidade e apoio dos parceiros europeus, e em especial das autoridades francesas e da delegação da União Europeia em Niamey, foram fundamentais para a conclusão desta operação de evacuação que permitiu a saída de cidadãos nacionais e de cidadãos cabo-verdianos, em segurança, do território nigerino".
No dia em que se assinala o dia da Independência do Níger, o país "reitera a sua posição de condenação de toda e qualquer tentativa de subversão da ordem constitucional, a qual deve ser rapidamente restaurada".
"O diálogo entre as partes deve prevalecer, evitando a escalada de violência e garantindo a libertação do Presidente Bazoum e demais Ministros entretanto detidos", pede ainda o MNE, defendendo que Portugal "apoia as posições expressas pela União Africana e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, em linha com a União Europeia.
Em jeito conclusivo, o MNE diz que "continua a acompanhar a situação no Níger através da Embaixada de Portugal em Abuja, e em articulação com a Delegação da UE em Niamey".
O golpe de Estado no Níger, liderado pelo general Abdourahamane Tiani, foi condenado pela comunidade internacional, nomeadamente os Estados Unidos e a União Europeia, que considera o país um baluarte essencial da estabilidade volátil da região do Sahel, tendo suspendido a ajuda orçamental a Niamey e alertado que poderia impor novas sanções.
Os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que iniciaram hoje uma reunião de três dias, em Abuja, na Nigéria, para discutir a situação nigerina, reunidos numa cimeira extraordinária no domingo passado, também condenaram o golpe e deram uma semana aos responsáveis para restaurar o Presidente deposto Mohamed Bazoum, sob pena de recorrerem à força.
[Notícia atualizada às 19h25]
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