JMJ: Centenas pedem ajuda para ataques de ansiedade nas Tendas da Calma

Bolas de pilates, pufes, colchões, chá de camomila e uma equipa com psicólogo, psiquiatra e enfermeira compõe as cinco Tendas da Calma espalhadas hoje pelo Parque Tejo para apoiar peregrinos que sofram de ataques de ansiedade e de pânico.

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© Andre Kosters - Pool/Getty Images

Lusa
05/08/2023 21:01 ‧ 05/08/2023 por Lusa

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JMJ

Afastada da confusão e do barulho e colocada à sombra, a Tenda da Calma da zona para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tem uma bola de pilates, dois colchões azul celeste, pufe, água, bolachas, chá de camomila e uma equipa composta por psicólogo, psiquiatra e enfermeiro com especialidade em saúde mental.

Nestes espaços os profissionais oferecem os primeiros socorros psicológicos, contenção emocional, aconselhamento, bem como diagnósticos e encaminhamentos feitos pelas equipa de psiquiatria.

À Lusa Paula Vilariça, pedopsiquiatra e a coordenadora da Saúde Mental da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), explica que as Tendas da Calma foram idealizadas como "zonas de apoio para a saúde mental" e vão dar resposta a pessoas que estejam em situações de "ansiedade ou outros problemas em que precisem de ser retiradas do espaço onde estão e poderem ficar numa zona tranquila".

As Tendas da Calma são sete, duas das quais colocadas no Parque Eduardo VII e foram disponibilizadas pela primeira vez numa JMJ.

Ao longo desta semana foi dada assistência a "largas centenas de peregrinos", avançou à Lusa Paula Vilaça.

Os principais pacientes que estão a recorrer às Tendas da Calma são adolescentes e jovens entre os 15 e os 20 anos e nos primeiros dias da jornada apareciam principalmente "situações de ansiedade" e "ataques de pânico", explicou Paula Vilariça.

Para este fim de semana, as tendas estão a começar a receber os jovens com "antecedentes de algum tipo de patologia psiquiátrica e que por causa do calor, por causa do esforço, por não comerem bem, por não se hidratarem o suficiente estão a apresentar descompensações das suas doenças de base", acrescentou a pedopsiquiatra.

Segundo Paula Vilariça estão a começar a aparecer "casos mais severos" e por isso foram reforçadas as equipas, num total de 32 pessoas.

Outra novidade da JMJ é que pela primeira vez está a ser feito um "registo de saúde", ou seja vai haver uma "casuística deste encontro".

Os dados estão a ser recolhidos, mas segundo Paula Vilaça houve "largas centenas de jovens assistidos" ao longo da semana da JMJ.

As Tendas da Calma são uma parceria de três entidades: a JMJ, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

A JMJ Lisboa 2023 termina domingo no Parque Tejo, com a Santa Missa para o Dia Mundial da Juventude, pelas 09:00, celebrada pelo Papa Francisco, o Encontro com os voluntários no Passeio Marítimo de Algés (Oeiras) e às 17:50 com a cerimónia de Despedida, na Base Aérea de Figo Maduro.

Até domingo, estima-se que a capital portuguesa ultrapasse o milhão de peregrinos de todo o mundo.

Leia Também: Marcelo promete ir à próxima JMJ "onde quer que seja"

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