Há cursos que ficaram vazios nos Institutos Politécnicos de Leiria, Bragança, Castelo Branco, Santarém, Guarda, Setúbal e Tomar, mas também houve três universidades que abriram vagas que não tiveram procura nesta fase, indica uma análise feita pela Lusa aos dados disponibilizados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) sobre o CNAES, cujos resultados são divulgados no domingo.
Muitos dos cursos destas instituições são das áreas das engenharias, mas também há cursos sem procura nas universidades, como são os casos de Engenharia de Computadores da Universidade da Madeira, Engenharia Alimentar na Universidade do Algarve, assim como três cursos da Universidade da Beira Interior - Química Medicinal, Física e Aplicações e Bioengenharia -- que não tiveram nenhum candidato.
As engenharias são a área de estudo que mais vagas abriu -- mais de dez mil -- e são também uma das áreas com mais candidatos a escolhe-la como primeira opção (8.635 alunos).
As engenharias só foram ultrapassadas como primeira opção de estudo pelas ciências empresariais (9.175 candidatos) e pela saúde (8.692 candidatos), sendo que estas duas áreas abriram muito menos vagas do que a procura que têm.
Só quatro instituições de ensino superior têm neste momento zero vagas por preencher: As escolas superiores de Enfermagem de Lisboa, Porto e Coimbra e o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.
Por outro lado, alguns institutos politécnicos voltam a ser os menos procurados e com mais vagas livres, como são os casos do Instituto Politécnico de Bragança (que agora ficou com 944 lugares), o de Viseu (462) ou de Braga (339 lugares).
No total de todos os cursos, sobraram 5.212 vagas para a segunda fase do CNAES, que arranca na segunda-feira com menos 1,4% de lugares em relação ao ano passado.
Dos 1.119 cursos que estavam disponíveis nesta primeira fase do concurso, a maioria viu todas as suas vagas ocupadas, apenas 305 cursos ficaram com lugares.
Olhando para os cursos que abriram mais vagas, voltam a destacar-se a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que viu preenchidos todos os seus 445 lugares disponibilizados nesta primeira fase, e o curso da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, que abriu 338 lugares e também ficou sem nenhum lugar vago.
No total, quase 50 mil alunos ficaram colocados na primeira fase do concurso, tendo ficado 16% dos candidatos de fora, que agora poderão concorrer à segunda fase.
Os resultados da primeira fase do concurso estão disponíveis no 'site' da Direção-Geral do Ensino Superior (http://www.dges.gov.pt) a partir das 00:00 de domingo e os alunos que pretendam têm agora até 5 de setembro para se candidatar à segunda fase do CNAES.
As cerca de cinco mil vagas que sobraram da primeira fase estão disponíveis no 'site' da DGES, sendo que no dia 4 de setembro surgem as vagas que agora foram ocupadas mas que os alunos não realizaram a matrícula nem inscrição, voltando a ficar por isso disponíveis.
Leia Também: Engenharia Aeroespacial é o curso com média de acesso mais elevada